Ambientalistas que jogaram sopa na Mona Lisa podem pagar uma 'contribuição cidadã'
A Justiça francesa irá propor às duas ativistas ambientais que jogaram sopa no vidro que protege a Mona Lisa, no museu do Louvre, uma alternativa a uma ação judicial consistente com o pagamento de uma "contribuição cidadã".
As duas ativistas, que permanecem sob custódia policial desde domingo, irão comparecer nesta segunda-feira (29) ante um delegado do promotor, "com vistas a uma contribuição cidadã", que é uma alternativa ao processo, indicou à AFP o Ministério Público de Paris.
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No domingo, ambas as mulheres jogaram sopa de abóbora, que teriam escondido em uma garrafa térmica de café, nessa obra mestra de Leonardo Da Vinci para defender "o direito a uma alimentação saudável e sustentável" e denunciar um "sistema agrícola doente".
Um coletivo chamado Riposte alimentaire (Resposta alimentar), que diz liderar "uma campanha de resistência civil francesa destinada a provocar uma mudança radical da sociedade em matéria climática e social", reivindicou a ação.
As duas ecologistas foram presas por violar as normas de entrada e permanência no museu, como o fato de cruzar a zona de segurança em frente ao quadro, explicou o Ministério Público. Esse crime é penalizado com uma multa de 1.500 euros (1.620 dólares ou 8 mil reais).
O quadro mais famoso do mundo, também conhecido como Gioconda, "não sofreu nenhum dano", disse no domingo à AFP o museu parisiense, antecipando que tinha previsto apresentar uma denúncia nesta segunda.
A Mona Lisa, que fica em exibição atrás de um vidro protetor desde 2005, já foi vítima de atos de vandalismo diversas vezes. Em maio de 2022, por exemplo, foi atacada com creme.
Nos últimos meses, diversos ativistas realizaram ações contra obras de vários museus de todo o mundo.
Em outubro de 2022, dois jovens com camisetas da "Just Stop Oil" jogaram sopa de tomate sobre os "Girassóis" de Van Gogh, também protegido por um vidro, na National Gallery de Londres.
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© Agence France-Presse