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Tel Aviv registra grande manifestação contra Netanyahu e sequestro de reféns pelo Hamas

Manifestação em Tel Aviv Imagem: JACK GUEZ / AFP

22/06/2024 17h38Atualizada em 22/06/2024 18h02

Dezenas de milhares de manifestantes entoaram, neste sábado (22), em Tel Aviv, palavras de ordem contra o primeiro-ministro conservador, Benjamin Netanyahu, exigiram novas eleições e o retorno dos reféns mantidos em Gaza pelo movimento islamista Hamas.

Os participantes tremulavam bandeiras israelenses e muitos exibiam cartazes com palavras de ordem como "Ministro do Crime" e "Pare a Guerra".

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Todos os sábados ocorrem protestos deste tipo na capital financeira de Israel contra a gestão governamental da guerra em Gaza, que estourou há quase nove meses.

Segundo a organização Hofshi Israel, que convocou o protesto, a concentração deste sábado foi a maior até o momento, com cerca de 150.000 participantes.

"Estou aqui porque tenho medo pelo futuro de meu neto. Não haverá futuro para eles se não sairmos dela [da guerra] e não nos desfizermos deste governo horroroso", afirma Shai Erel, um empreiteiro de 66 anos.

Alguns manifestantes deitaram no chão cobertos de tinta vermelha na Praça da Democracia para denunciar o que consideram "a morte da democracia" sob o governo de Netanyahu.

Em um discurso, um ex-chefe da agência de segurança interna de Israel Shin Bet, Yuval Diskin, classificou Netanyahu de "pior primeiro-ministro" da história de Israel.

Muitos manifestantes acusam a coalizão de conservadores, nacionalistas e religiosos ultraortodoxos no poder de prolongar a guerra em Gaza e colocar em perigo a segurança do país e os reféns.

A guerra começou em 7 de outubro de 2023, quando combatentes islamistas do Hamas mataram 1.194 pessoas, a maioria civis, e sequestraram 251 no sul de Israel, segundo um balanço da AFP baseado em dados oficiais israelenses.

O Exército israelense estima que 116 pessoas permanecem retidas em Gaza, 41 das quais teriam morrido.

Em resposta, Israel lançou uma ofensiva que deixou pelo menos 37.551 mortos até agora, também civis na maioria, segundo o Ministério da Saúde de Gaza.

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