Relatório pede mais cooperação na UE em matéria de inteligência e contraespionagem
Um relatório apresentado, nesta quarta-feira (30), à Comissão Europeia (o braço Executivo da UE) pediu a criação de um serviço de cooperação em matéria de inteligência para enfrentar um aumento dos ataques "híbridos".
O documento, elaborado pelo ex-presidente finlandês Saulo Niinisto, menciona "o aumento significativo (...) de atividades maliciosas no território da UE" (...) particularmente a partir da Rússia.
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Ante esse quadro, o relatório pede para "reforçar gradualmente as estruturas de inteligência da UE", até criar um "serviço de cooperação de pleno direito" neste âmbito.
"Devemos confiar uns nos outros", destacou Niinisto ao apresentar o relatório em Bruxelas.
Como primeiro passo, o relatório sugere fortalecer a atual estrutura europeia de análise de inteligência (o Centro de Inteligência e Situação da União Europeia) com mais pessoal e habilidades adicionais.
Niinisto acrescentou que gostaria que se desenvolvesse uma verdadeira "cultura de contraespionagem" na UE.
O debate sobre uma possível agência de inteligência europeia é um assunto de extrema sensibilidade na UE, já que os Estados do bloco não querem concorrência com seus próprios serviços.
Em seu relatório, Niinisto observou que os agentes "maliciosos" podem atualmente explorar e se beneficiar das "divergências" na legislação e nas práticas entre os países do bloco em termos de contraespionagem.
Niinisto aconselha "limitar, se necessário", o movimento de funcionários diplomáticos ou cidadãos de um país que represente uma ameaça em termos de sabotagem ou espionagem.
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© Agence France-Presse