Defesa Civil de Gaza afirma que 22 pessoas morreram em bombardeio israelense
A Defesa Civil da Faixa de Gaza anunciou que 22 pessoas morreram durante a noite em um bombardeio israelense na Cidade de Gaza. Fontes médicas relataram dezenas de mortes em outro ataque noturo na zona norte do território.
"Confirmamos que 22 mártires foram levados (para hospitais) após um bombardeio contra uma casa (...) em Sheikh Radwan", bairro da Cidade de Gaza, declarou à AFP Mahmud Bassal, porta-voz da Defesa Civil.
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O primeiro ataque aconteceu às 21H30 (16H30 de Brasília). O segundo, que ocorreu por volta da meia-noite (19H00 de Brasília, quarta-feira) na área de Beit Lahia e Jabalya, matou dezenas de pessoas, segundo fontes médicas.
O bombardeio atingiu uma área a quase 100 metros do hospital Kamal Adwan, no limite entre as duas cidades mencionadas, segundo os moradores.
A Defesa Civil e o Ministério da Saúde de Gaza, território governado pelo movimento islamista palestino Hamas, ainda não anunciaram um balanço para este segundo ataque.
"Há dezenas de mortos e desaparecidos sob os escombros", declarou à AFP Hosam Abu Safiyeh, diretor do hospital, um dos poucos que permanece operacional no norte de Gaza, de forma muito parcial.
"Corpos destroçados chegam ao hospital", acrescentou, antes de destacar que a busca por cadáveres continua. "Mas não há ambulâncias, o sistema de saúde está colapsado no norte de Gaza", disse.
Questionado pela AFP sobre os dois bombardeios, o Exército israelense não fez comentários até o momento.
O Exército israelense iniciou uma nova grande ofensiva no norte do território palestino em outubro, o que provocou mais de mil mortes, segundo o Ministério da Saúde de Gaza. O objetivo, segundo as forças de defesa israelenses, é impedir que os milicianos do Hamas se reagrupem nesta área.
"No norte, a população está totalmente cercada. As pessoas tentam salvar suas vidas saindo de um círculo vicioso, quando já estão há mais de 40 dias privados de ajuda humanitária", escreveu na rede X Philippe Lazzarini, chefe da agência da ONU para os refugiados palestinos.
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© Agence France-Presse