Libertados na Venezuela 2 profissionais de imprensa presos em crise pós-eleitoral
As autoridades da Venezuela libertaram um cinegrafista e um repórter, que foram detidos durante os protestos contra a contestada reeleição do presidente Nicolás Maduro, informou, nesta terça-feira (24), o Sindicato de Trabalhadores da Imprensa (SNTP).
O cinegrafista do canal online VPI Paúl León, e o repórter gráfico Yousner Alvarado foram "libertados" pelas autoridades, informou o SNTP no X.
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Ambos foram detidos enquanto cobriam as manifestações após as eleições de 28 de julho. O cinegrafista foi libertado durante a manhã, enquanto Alvarado foi solto na semana passada.
"Comemoramos a soltura de Paúl, que se soma à de Yousner Alvarado, repórter gráfico de Barinas (oeste)", informou o sindicato, que contabilizava sete profissionais de imprensa ainda detidos, vários deles ativistas político.
Sua soltura ocorre horas depois de o Ministério Público anunciar 223 novas libertações dentro de um plano de revisão de casos, que já soma 956 solturas entre os mais de 2.400 detidos nos protestos.
No entanto, a ONG Foro Penal, que defende "presos políticos", contabilizava até a sexta-feira pouco mais de 300 e continuava recebendo registros.
No sábado também foi solta a jornalista Ana Carolina Guaita, do site La Patilla, que cobriu a derrubada de uma estátua do presidente falecido Hugo Chávez na cidade costeira de La Guaira, vizinha a Caracas, no âmbito das manifestações.
Os protestos começaram após a oposição, liderada por María Corina Machado, assegurar que seu candidato, Edmundo González, venceu as eleições e não Maduro, cuja vitória não foi reconhecida por Estados Unidos, União Europeia e vários países da América Latina.
Os protestos também deixaram 28 mortos e quase 200 feridos.
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© Agence France-Presse