Rebeldes huthis do Iêmen acusam EUA e Reino Unido por novo ataque na capital
Um ataque aéreo atingiu a capital do Iêmen nesta sexta-feira (27), um dia após bombardeios mortais realizados por Israel, segundo os rebeldes huthis, que responsabilizaram os Estados Unidos e o Reino Unido por essa nova ofensiva.
Em um comunicado, os huthis, grupo apoiado pelo Irã e que controla a capital, Sanaa, denunciaram uma "agressão americana e britânica" pelo ataque desta sexta-feira. Testemunhas relataram à AFP terem ouvido uma explosão.
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Até o momento, não houve nenhuma reação oficial de Israel, Estados Unidos ou Reino Unido.
"Ouvi explosões, minha casa tremeu", afirmou um morador de Sanaa.
Na quinta-feira, bombardeios israelenses atingiram áreas controladas pelos huthis, incluindo o aeroporto da capital, bases militares, usinas de energia e instalações portuárias em outras regiões do Iêmen. Segundo os rebeldes, os ataques deixaram seis mortos, que classificaram o incidente como "um crime".
Desde o início da guerra em Gaza, deflagrada em 7 de outubro com o ataque do Hamas ao sul de Israel, os huthis têm lançado diversos ataques contra Israel, em "solidariedade" aos palestinos.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, reiterou na quinta-feira que seu país continuará atacando os rebeldes.
Os huthis, que controlam grandes áreas do Iêmen, também realizam ataques frequentes no Mar Vermelho e no golfo de Áden contra embarcações que consideram ligadas a Israel, Estados Unidos ou Reino Unido, apesar das represálias em seu território conduzidas pelo Exército americano, às vezes com apoio britânico.
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© Agence France-Presse