Dinamarca está 'aberta ao diálogo' sobre cooperação com EUA no Ártico, afirma chanceler
A Dinamarca está "aberta ao diálogo" com os Estados Unidos para salvaguardar seus interesses no Ártico, afirmou nesta quarta-feira (8) o chanceler do país nórdico, após o presidente eleito Donald Trump não descartar o uso da força para tomar esse território autônomo dinamarquês.
O reino da Dinamarca, que inclui a Dinamarca continental, a Groenlândia e as Ilhas Faroé, está "aberto a um diálogo com os americanos sobre como podemos cooperar, talvez até mais de perto do que já fazemos", afirmou Lars Løkke Rasmussen.
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O ministro das Relações Exteriores dinamarquês afirmou, durante uma coletiva de imprensa, que o derretimento do gelo e a abertura de novas rotas marítimas no Ártico estão provocando uma "rivalidade crescente entre as grandes potências" na região, com a presença tanto da China quanto da Rússia.
É "legítimo que os Estados Unidos e a Otan, e portanto também o Reino da Dinamarca, estejam cientes disso", acrescentou.
Donald Trump disse antes do Natal que o controle da Groenlândia era "uma necessidade absoluta" para "a segurança nacional e a liberdade em todo o mundo".
Na terça-feira, o republicano não descartou o uso da força para anexá-la, o que provocou preocupação e surpresa neste vasto território e em Copenhague, assim como em outras capitais europeias.
No entanto, Løkke Rasmussen pediu calma.
"Não é necessário dizer em voz alta tudo o que você pensa", disse o ministro.
"Eu tento trabalhar com base nas realidades e acredito que todos deveríamos nos fazer um favor, diminuindo um pouco nosso ritmo cardíaco", acrescentou.
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