Anglo American deixa mercado de níquel e venderá suas explorações no Brasil
A gigante britânica de mineração Anglo American anunciou nesta terça-feira um acordo para vender seu negócio de níquel no Brasil para uma filial da MMG Limited, grupo formado majoritariamente por fundos chineses, por um valor que pode chegar a 500 milhões de dólares (2,85 bilhões de reais).
"A venda do nosso negócio de níquel marca outro passo importante na simplificação do nosso portfólio para criar negócios mais valiosos em cobre, minério de ferro de primeira qualidade e nutrientes agrícolas", disse Duncan Wanblad, diretor-executivo do grupo, em um comunicado.
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Os negócios de níquel do grupo incluem "duas operações de ferroníquel no Brasil", Barro Alto e Codemin, e outros dois projetos, Jacaré e Morro Sem Boné, também no país, segundo a nota.
O negócio do níquel foi marcado pelo rápido crescimento da indústria na Indonésia, o que fez com que os preços despencassem após os recordes alcançados em 2022, tornando o mercado muito mais competitivo.
A gigante britânica segue uma estratégia anunciada em maio de 2024 para deixas várias atividades do grupo e se concentrar em cobre, minério de ferro de alta qualidade e fertilizantes.
"O acordo de hoje, juntamente com aqueles assinados em novembro de 2024 para a venda do nosso negócio de carvão siderúrgico, pode gerar um total de 5,3 bilhões de dólares (30 bilhões de reais) em receitas brutas em espécie", disse Wanblad.
"A transação está sujeita a uma série de condições (...) e deve ser concluída no terceiro trimestre de 2025", disse a empresa.
As ações da Anglo American subiam 0,18% na Bolsa de Londres às 09:55 GMT desta terça-feira (6h55 em Brasília).
Fundada em 1917 na África do Sul pelo industrial alemão Ernest Oppenheimer, a Anglo American é hoje uma das maiores empresas de mineração do mundo.
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