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Ao lado de Tarcísio, Bolsonaro diz que não vai passar o bastão para ninguém

Do UOL, em São Paulo

24/03/2025 21h50Atualizada em 24/03/2025 23h01

Ao lado do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou hoje que não vai "passar o bastão para ninguém" nas eleições de 2026.

O que aconteceu

Tarcísio é apontado como um dos possíveis herdeiros do espólio político de Bolsonaro, que está inelegível. Os dois participam de uma entrevista juntos no podcast Inteligência LTDA, horas antes do início do julgamento do ex-presidente por tentativa de golpe no Supremo Tribunal Federal.

"Tarcísio, eu não vou passar o bastão para ninguém", disse Bolsonaro. Ex-presidente foi questionado sobre um tuíte de Paulo Figueiredo, neto do ex-presidente João Figueiredo. "Eu gosto muito do Paulo Figueiredo, eu acho ele um cara fantástico, gosto muito dele, mas deu uma derrapada aí. Já falei, eu só passo o bastão depois de morto", afirmou.

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Figueiredo disse que Bolsonaro "não se ajuda" e criticou ideia de dar entrevista antes do julgamento. "Alguém pode ser tão inocente e ignorar que isso será maldosamente retratado como uma passagem de bastão?", questionou.

"Não tem passagem de bastão nenhuma", disse Tarcísio. "As pessoas interpretam errado a proximidade e o apoio. A gente vai estar junto do presidente Bolsonaro nesse momento, independente de qualquer interesse", declarou.

Tarcísio e as urnas eletrônicas

Tarcísio foi cobrado sobre elogios à urna eletrônica. Segundo reportagem da Folha de S.Paulo, os elogios feitos pelo governador às urnas eletrônicas e à Justiça Eleitoral brasileira, em um evento no Tribunal de Justiça de São Paulo na noite de quinta-feira, enfureceram aliados bolsonaristas.

Governador voltou a elogiar a Justiça Eleitoral, mas disse que se referia à questão logística. "O que eu falei foi da Instituição Justiça Eleitoral. Eu acho que a gente tem que separar as coisas. Então, eu disse que a Justiça Eleitoral tem tido uma missão de garantir as eleições em todo o país e aí tem um esforço de logística muito grande, tem conseguido apresentar resultados."

Por outro lado, ele defendeu os questionamentos de bolsonaristas ao sistema eleitoral. "Isso não quer dizer que aquilo que é falado, que se busca, que é aumentar a segurança do pleito e diminuir determinadas dúvidas, que isso não tem que ser pensado ou visto. Entendeu? uma coisa não exclui a outra", disse Tarcísio. Não há nenhuma prova de que as eleições tenham sido fraudadas, como alegam os apoiadores do ex-presidente.


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