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Netanyahu pedirá destituição do diretor da agência de segurança interna

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu Imagem: Reprodução/X @Netanyahu

16/03/2025 15h45

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, informou neste domingo (16) ao chefe da agência de segurança interna do país que pedirá ao governo sua destituição.

"Devido à contínua falta de confiança, decidi apresentar uma proposta ao governo para encerrar o mandato do chefe do Shin Bet" Ronen Bar, anunciou em um vídeo o primeiro-ministro.

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No vídeo, Netanyahu enfatiza a necessidade de "restabelecer a organização, alcançar todos os nossos objetivos de guerra e impedir o próximo desastre", em alusão ao ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023.

"Permanentemente, mas sobretudo durante uma guerra como esta, existencial, deve haver total confiança entre o primeiro-ministro e o chefe do Shin Bet", afirmou Netanyahu.

O primeiro-ministro acusou na quinta-feira Bar, que foi nomeado em 2021 e deveria permanecer no cargo até 2026, de estar por trás de uma "campanha de ameaças e vazamentos na mídia" que busca "impedir [que ele] tome as decisões necessárias para redirecionar o Shin Bet".

Neste domingo, Ronen Bar respondeu em um comunicado que sua destituição não tinha relação com o ataque do Hamas.

"Assumi a responsabilidade pela parte da agência [em não impedir o ataque] [...] está claro que o motivo da minha demissão não tem relação com 7 de outubro", disse Bar.

A tensão entre ambos já era grande antes do sangrento ataque do movimento islamista palestino Hamas contra Israel em 7 de outubro de 2023, especialmente por um projeto de reforma da justiça que havia provocado manifestações massivas de protesto no país alguns meses antes.

Mas a relação piorou significativamente desde que, em 4 de março, foi publicado um relatório de investigação interna que apontava falhas na transmissão de informações de inteligência que poderiam ter alertado as autoridades sobre a magnitude do ataque sem precedentes do Hamas contra Israel.

No entanto, o relatório também critica o Executivo e, indiretamente, Netanyahu, ao considerar que uma "política [israelense] de calma permitiu que o Hamas acumulasse um impressionante arsenal militar".

reg-jd/it/meb-jvb/mb/am

© Agence France-Presse

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