PL, PP, PSD e União Brasil apoiam anistia a condenados do 8/1, diz Sóstenes
Ler resumo da notícia
O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante, afirmou à coluna que PP, União Brasil e PSD estão apoiando o projeto de lei de anistia aos condenados do 8 de Janeiro, além do seu próprio partido.
Ele calcular ter 260 votos a favor do projeto, 3 a mais do que os 257 necessários para sua aprovação. A meta, no entanto, é chegar a 308 votos, quórum de Proposta de Emenda Constituição (PEC).
O objetivo é dar um recado caso o projeto seja aprovado e o Supremo Tribunal Federal (STF) decida declarar a anistia inconstitucional.
"Já temos os votos para aprovar. Nossa ideia é ampliar a margem. Não é uma provocação ao Supremo, mas uma reposta legislativa."
Sóstenes calcula ter cerca de 80% dos votos desses partidos.
Bolsonaro afirmou no domingo durante manifestação pela anistia no Rio de Janeiro que Gilberto Kassab, presidente do PSD, está a favor da anistia. Kassab não retornou os contatos da coluna.
Segundo o colunista do UOL Tales Faria, interlocutores de Kassab teriam dito que apenas 50% dos parlamentares apoiam a anistia.
A oposição busca também o apoio do Republicanos, mas o presidente do partido, Marcos Pereira, teria condicionado a entrada ao apoio da bancada. A coluna apurou que o partido deve dar uma resposta amanhã.
O senador Ciro Nogueira confirmou à coluna que seu partido apoia a anistia. Nogueira é presidente do PP e apoiador declarado do ex-presidente Jair Bolsonaro. O PP tem um ministro no governo Lula: André Fufuca, dos Esportes.
O presidente do União Brasil, Antonio Rueda, não respondeu aos questionamentos da coluna sobre o assunto.
Uma fonte da liderança do partido disse que "pode ter um deputado ou outro que apoia, mas não o partido".
O União Brasil tem três ministérios no governo: Comunicações (Juscelino Filho), Turismo (Celso Sabino) e Desenvolvimento Regional (Waldez Góes), que não é do partido, mas foi indicado pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre.
Sóstenes pretende levar o pedido de urgência da anistia para votar na próxima quinta-feira, a depender do apoio do colégio de líderes.
A decisão final de colocar em votação caberá ao presidente da Câmara, Hugo Motta.
Deixe seu comentário
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.