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Áustria, o primeiro país da UE a suspender o reagrupamento familiar de refugiados

26/03/2025 11h34

O novo governo austríaco anunciou, nesta quarta-feira (26), a sua intenção de acabar com o reagrupamento familiar de refugiados para "se proteger" do fluxo dos últimos anos, tornando-se o primeiro país da UE a tomar essa medida. 

Um decreto será publicado e "entre agora e maio, em apenas algumas semanas, esta decisão se tornará realidade", declarou a ministra da Integração, Claudia Plakolm, durante o Conselho de Ministros em Viena. 

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"Chegamos ao limite da nossa capacidade de acomodar pessoas", afirmou. O governo quer "proteger os sistemas" de saúde, emprego e educação. 

Segundo a ministra conservadora, "a probabilidade de uma integração bem-sucedida diminui a cada nova chegada".

Essa medida, inicialmente em vigor por seis meses, pode ser prorrogada até maio de 2027. 

O anúncio ocorre em meio a um contexto de endurecimento das políticas de imigração em vários Estados-membros da UE, em meio à ascensão da extrema direita. 

Na Áustria, o partido nacionalista FPÖ alcançou uma vitória histórica nas eleições legislativas de setembro. Embora não tenha conseguido formar uma coalizão, continua sendo de longe o principal partido do país nas pesquisas. 

O chefe de Governo, o conservador Christian Stocker, que está no poder desde o início de março com os social-democratas e liberais, está sob pressão para manter uma linha dura.

jza/anb/sba/es/mb/aa/dd

© Agence France-Presse


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