Universidades federais do Rio se reúnem em ato pela democracia
Representantes da Universidade Federal Fluminense (UFF) organizaram hoje (30) um ato pela democracia. A manifestação também reuniu estudantes e professores de outras instituições, como a Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. "A ideia era justamente juntar as universidades e o pensamento crítico em defesa dessa bandeira que achamos tão importante, que é a defesa da democracia", disse a professora de história da UFF Verônica Secreto.
O ato foi convocado para reunir iniciativas que já estavam sendo organizadas em diferentes área da universidade. "O ideal seria juntar todos esses grupos que estavam se manifestando em defesa da democracia, do respeito às instituições, da autonomia dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário; da não manipulação das informações, enfim, uma série de questões que nos preocupavam", listou.
A acadêmica disse que não concorda com o processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Segundo ela, o instrumento está previsto na Constituição, mas não pode ser aplicado indevidamente. "Está previsto em casos pontuais. A gente considera que as evidências, até o momento, não são suficientes para considerar o impeachment da presidente Dilma", analisou.
Para o professor de Estudos da Mídia e superintendente de Comunicação Social da UFF, Afonso de Albuquerque, os participantes do ato temem que o país esteja vivendo um ataque à democracia.
"A questão crucial em relação à legalidade do impeachment diz respeito ao fato, de que se há uma acusação de crime envolvida, porque do contrário não há impeachment possível. O impeachment se baseia sobre um juízo de que é um crime, não é um juízo político de gosto ou não gosto. É um problema constitucional", acrescentou.
Além do ato, também foi criado o Comitê UFF em defesa da legalidade e da democracia. Segundo o estudante de pós-graduação em história e coordenador de apoio acadêmico da UFF, Gabriel Vitorino Sobreira, o grupo não tem a intenção de ser contra ou a favor do governo.
"É mais na linha de falar que as investigações precisam acontecer. Ninguém está aqui falando que a corrupção é um problema menor no país, mas qualquer processo legal deve obedecer aos ritos previstos na constituição. As garantias constitucionais têm que ser mantidas. Isso foi o que motivou a maioria dos professores."
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