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Museu que abriga no Rio o maior acervo de arte popular do país ganhará nova sede

Paulo Virgílio -Repórter da Agência Brasil

23/06/2016 21h35

No ano em que comemora quatro décadas de criação, o Museu do Pontal, que abriga o maior e mais significativo acervo de arte popular do país, começou a ganhar uma nova sede hoje (23), quando começaram as obras do prédio, na Barra da Tijuca, zona oeste da cidade, que dentro de um ano deverá abrigar o espaço cultural, atualmente instalado em um sítio de 5 mil m², no vizinho bairro do Recreio dos Bandeirantes. Em cerimônia com a presença do prefeito do Rio, Eduardo Paes, tiveram início hoje (23) as obras do prédio, na Barra da Tijuca Sujeito a inundações, devido às alterações no solo, causadas pelos projetos urbanísticos que cercam a área, o atual prédio do museu oferece riscos à preservação do valioso acervo de 8.500 peças de 300 artistas populares brasileiros de todas as regiões do país. Tanto a instituição como as peças constituem um patrimônio carioca, tombado pelo município
desde 1991. O terreno de 14 mil m² na Avenida Célia Ribeiro, onde começou a ser erguida a nova sede, foi cedido pela Prefeitura do Rio por um período de 50 anos renováveis. Um grupo de construtoras é o responsável pela obra, como contrapartida pelas intervenções feitas no entorno da atual sede do museu. "Conseguimos fazer com que as próprias empresas da região se juntassem para encontrar essa alternativa. São cerca de R$11 milhões investidos pelo setor privado nessa área pública", disse o prefeito Eduardo Paes na cerimônia que marcou o início das obras. O projeto privilegia a relação do acervo com a natureza que envolve a área. "O museu terá um bom destino nesse belo espaço cedido pela prefeitura. O projeto que estamos pensando é para a cidade do Rio de Janeiro. Acredito que estaremos mais integrados com a cidade", disse o diretor do Museu do Pontal, Lucas Van de Beuque. Ele é neto do francês Jacques Van de Beuque, que fundou o espaço cultural em 1976. Ao longo desses 40 anos, o Museu do Pontal já realizou mais de 70 exposições parciais de seu acervo no Brasil e em outros 15 países, além de ter sido visitado por milhares de estudantes, moradores do Rio e turistas.