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Cuba terá caravana em homenagem a Fidel; cubanos em Miami fazem festa após morte

Da Agência Brasil*

26/11/2016 17h50

Em Cuba, o Partido Comunista convocou o povo para homenagear Fidel Castro, a partir de segunda-feira (18) até o dia do funeral do líder cubano, no dia 4 de dezembro.  Fachada da Embaixada dos EUA em Havana, CubaAgência Lusa/EPA/Ernesto Mastrascusa/Direitos Reservados O partido organizou atos na segunda e terça-feiras da próxima semana, no Memorial Jose Marti. De acordo com o ritual previsto, todos os que comparecerem às homenagens deverão assinar um livro em que prometem fidelidade à Revolução Cubana. Haverá também uma missa na Praça Havana, onde Fidel costumava se dirigir às multidões. Líder da Revolução Cubana em 1959, Fidel Castro governou Cuba até 2013, quando renunciou a presidência em nome do irmão, Raúl Castro, atual presidente do país. Ao anunciar a morte de Fidel na televisão estatal cubana, Raúl Castro disse que o corpo do irmão será cremado. Ele também decretou luto oficial de nove dias no país. Ainda hoje, a comissão organizadora dos funerais do líder cubano divulgará informações detalhadas sobre as homenagens póstumas. Na quarta-feira (30), as cinzas de Fidel serão levadas em caravana, passando por várias partes da ilha, para lembrar a caranava da Liberdade de janeiro de 1959, liderada por Fidel para comemorar a vitória da revolução e a queda do ditador Fulgencia Batista. As cinzas serão colocadas em um cemitério na cidade cubana de Santiago. Miami Mais de uma centena de pessoas, a maioria cubanos exilados, saíram às ruas de Miami, nos Estados Unidos, para festejar a morte de Fidel Castro. "Liberdade, liberdade" e "Olé, Olé, se foi, se foi" foram algumas das frases ditas pela multidão nas proximidades do Café Versailles, um dos locais preferidos da comunidade cubana em Miami.  Cubanos festejam morte de Fidel em Miami, nos Estados Unidos Agência Lusa "Não está se festejando a morte de um ser humano, está se festejando a morte de um ditador. Assim como se celebrou a morte de Hitler, estamos comemorando a de uma pessoa que causou muitos danos a quatro gerações de cubanos", disse o prefeito de Miami, Tomás Regalado. "Esses jovens que nasceram nos Estados Unidos refletem a dor que seus pais e avós sofreram, tirados de sua pátria. Creio que isso é o mais importante que o mundo deve ver. Não é uma falta de respeito, ao contrário, uma genuína celebração de liberdade de um ditador", acrescentou.  Os três parlamentares cubano-estadounidenses da Flórida também comemoraram a morte do "tirano" Fidel Castro e fizeram votos para que a Cuba se torne livre e democrática.  * Com informações de Monica Yanakiew, de Buenos Aires, e da agência de notícias Telam