Cuba terá caravana em homenagem a Fidel; cubanos em Miami fazem festa após morte
Em Cuba, o Partido Comunista convocou o povo para homenagear Fidel Castro, a partir de segunda-feira (18) até o dia do funeral do líder cubano, no dia 4 de dezembro. Fachada da Embaixada dos EUA em Havana, Cuba
O partido organizou atos na segunda e terça-feiras da próxima semana, no Memorial Jose Marti. De acordo com o ritual previsto, todos os que comparecerem às homenagens deverão assinar um livro em que prometem fidelidade à Revolução Cubana. Haverá também uma missa na Praça Havana, onde Fidel costumava se dirigir às multidões. Líder da Revolução Cubana em 1959, Fidel Castro governou Cuba até 2013, quando renunciou a presidência em nome do irmão, Raúl Castro, atual presidente do país. Ao anunciar a morte de Fidel na televisão estatal cubana, Raúl Castro disse que o corpo do irmão será cremado. Ele também decretou luto oficial de nove dias no país. Ainda hoje, a comissão organizadora dos funerais do líder cubano divulgará informações detalhadas sobre as homenagens póstumas. Na quarta-feira (30), as cinzas de Fidel serão levadas em caravana, passando por várias partes da ilha, para lembrar a caranava da Liberdade de janeiro de 1959, liderada por Fidel para comemorar a vitória da revolução e a queda do ditador Fulgencia Batista. As cinzas serão colocadas em um cemitério na cidade cubana de Santiago. Miami Mais de uma centena de pessoas, a maioria cubanos exilados, saíram às ruas de Miami, nos Estados Unidos, para festejar a morte de Fidel Castro. "Liberdade, liberdade" e "Olé, Olé, se foi, se foi" foram algumas das frases ditas pela multidão nas proximidades do Café Versailles, um dos locais preferidos da comunidade cubana em Miami. "Não está se festejando a morte de um ser humano, está se festejando a morte de um ditador. Assim como se celebrou a morte de Hitler, estamos comemorando a de uma pessoa que causou muitos danos a quatro gerações de cubanos", disse o prefeito de Miami, Tomás Regalado. "Esses jovens que nasceram nos Estados Unidos refletem a dor que seus pais e avós sofreram, tirados de sua pátria. Creio que isso é o mais importante que o mundo deve ver. Não é uma falta de respeito, ao contrário, uma genuína celebração de liberdade de um ditador", acrescentou. Os três parlamentares cubano-estadounidenses da Flórida também comemoraram a morte do "tirano" Fidel Castro e fizeram votos para que a Cuba se torne livre e democrática. * Com informações de Monica Yanakiew, de Buenos Aires, e da agência de notícias Telam
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