Seminário discute programa São Paulo Carinhosa, com foco na primeira infância
Seminário apresenta experiências do programa São Paulo Carinhosa, de visita domiciliar, com foco na primeira infância Seminário promovido pela prefeitura paulista apresentou, na tarde de hoje (30), os resultados do programa São Paulo Carinhosa e discutiu como as ações voltadas para a primeira infância podem ajudar a diminuir a mortalidade infantil. Criado em agosto de 2013, o programa ajudou, por exemplo, a reduzir a taxa de mortalidade infantil em Cidade Tiradentes, bairro da zona leste que tinha a taxa mais alta da cidade. Em 2014, aproximadamente 18 crianças morriam antes de completar um ano, em Cidade Tiradentes, e esse índice caiu para 13 no ano passado, de acordo com Celia Bortoletto, secretária-adjunta de Saúde da cidade. Ela disse que embora não se possa atribuir a redução da taxa somente ao programa, ele é um fator importante para explicar a queda na mortalidade infantil no local. "Teve uma política para poder propiciar isso", falou. Segundo ela, em toda a cidade a mortalidade infantil caiu de 11,2 óbitos, em cada grupo de mil crianças nascidas em 2014, para 10,8 óbitos em 2015. Segundo Thereza de Lamare, coordenadora de Saúde da Criança e Aleitamento Materno, do Ministério da Saúde, o programa de São Paulo é apoiado pelo governo federal desde 2013, com previsão de verbas até 2018. O programa municipal, de acordo com ela, pode colaborar com o programa federal Criança Feliz. A proposta do programa Criança Feliz, coordenado e dirigido pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário, é exatamente começar pelos municípios e estados que têm iniciativas de visita domiciliar. "Acredito que o município de São Paulo pode agregar bastante", disse ela. Assistência infantil Thereza disse que nas últimas décadas o Brasil conseguiu reduzir a taxa nacinal de mortalidade infantil em quase 70%, estimada hoje em 14,7 óbitos por mil crianças nascidas. Os fatores que ajudam a explicar essa queda, segundo ela, são a ampliação das equipes de família, o Bolsa Família e as campanhas de vacinação. "Conseguimos reduzir muito a mortalidade infantil. Cumprimos os desafios do milênio e agora precisamos criar condições para que as crianças alcancem todo seu potencial. Já saímos das situações mais graves, e agora o desafio é garantir que nossas crianças possam ter pleno desenvolvimento", afirmou. Uma das ações do programa, de visitas familiares, tem como meta implementar e intensificar as visitas de agentes de saúde às casas com crianças até seis anos, em situação de vulnerabilidade, que atende, atualmente, 63.679 famílias da capital paulista. Também há ações que envolvem o aprimoramento de espaços para as crianças brincarem, ampliação de atividades culturais nos bairros com indicadores sociais de risco às crianças e introdução de cardápios in natura na alimentação escolar. De acordo com a primeira-dama do município e coordenadora do programa São Paulo Carinhosa, Ana Estela Haddad, "a mãe precisa de uma rede social de apoio para que possa cuidar bem e fazer um bom vínculo com a criança, fazendo com que esse ambiente e a relação dele com quem cuida seja promotora do desenvolvimento infantil de forma integral" . Gianeide Barbosa Bezerra, 38 anos, é uma das mulheres atendidas pelo programa. Mãe de duas crianças - Henrique, de 6 anos, e Yasmin, de 7 meses -, ela diz que o programa ajudou muito ao seu filho. "Toda terça-feira eu vou à unidade básica da Cidade Kemel, em Itaim Paulista. Começa às 10h, e Henrique fica até as 12h30. Eles usam as brincadeiras, fazem cartazes, tudo ligado à família. O comportamento de Henrique mudou bastante. Resgatou muitas coisas culturais, que tinha na minha família, e que o Henrique não tinha acesso devido a tanta tecnologia", explicou.
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