Operação desarticula grupos que roubavam caixas eletrônicos no Rio
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) e a Coordenadoria de Inteligência da Polícia Militar (PM) do Estado deflagraram hoje (20) a Operação TNT. O objetivo é desarticular quadrilhas especializadas em roubo de caixa eletrônico com o uso de explosivo, associadas ao tráfico de drogas. As informações são do Ministério Público. Até o momento, já foram cumpridos 15 mandados de prisão preventiva, do total de 34 pessoas denunciadas pelos promotores. Também foram expedidos 83 mandados de busca e apreensão em Resende, Barra Mansa e Angra dos Reis, na região sul fluminense; Duque de Caxias e Belford Roxo, na Baixada Fluminense; na localidade de Fazendinha, na cidade do Rio de Janeiro; e em São Paulo, na cidade de Cubatão e na capital. Participam da megaoperação 360 agentes, sendo 60 da Coordenadoria de Segurança e Inteligência do Ministério Público e 300 da Polícia Militar, envolvendo o Comando de Operações Especiais (COE), os batalhões de Choque, de Operações Especiais (Bope) e de Ações com Cães, além do emprego de aeronaves e de mais de 100 viaturas. Em São Paulo, a operação teve o apoio do Grupo de Atuação Especial da Saúde Pública e da Saúde do Consumidor (Gaesp) no cumprimento dos mandados. Investigação Segundo o MPRJ, as investigações começaram em agosto de 2016, após o roubo, com o uso de dinamite, de dois caixas eletrônicos que ficavam em uma montadora de caminhões em Resende. Depois disso, caixas eletrônicos foram estourados em Porto Real, Itatiaia, Rio Claro, Valença e Angra dos Reis, além de assaltados estabelecimentos empresariais. Nos seis roubos investigados, a estimativa é de que a quadrilha tenha subtraído, no total, cerca de R$ 2 milhões. As investigações mostraram que havia duas organizações criminosas autônomas. Uma era associada ao tráfico de drogas, baseada em comunidades de Angra dos Reis e outros municípios da região. A quadrilha agia fortemente armada, com fuzis e granadas, e usava de violência extrema em confrontos com a polícia e facções rivais. A outra organização era dedicada aos roubos e tinha como líder o denunciado Julio Cesar, vulgo "Mineirinho". Ele foi preso em Piraí, ao longo da investigação que durou cerca de nove meses. A ação dessa quadrilha também era violenta, com o uso de armas de grosso calibre, inclusive fuzis, e contava com estrutura logística que envolvia lanchas para viabilizar a fuga pelo mar. Durante a investigação, foram apreendidos quatro granadas, uma espingarda, sete pistolas, 14 rádios transmissores, 1,5 kg de maconha e 1,5 kg de cocaína.
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