Homicídios em enfrentamento com a polícia dobraram no Rio de Janeiro em março
O número de homicídios decorrentes de reação à intervenção policial no estado do Rio de Janeiro, os chamados autos de resistência, praticamente dobrou em março deste ano, em comparação com o mesmo mês de 2016. O aumento foi de 96,7%, passando de 61 para 120 vítimas. Já o número de policiais civis e militares mortos em serviço teve uma redução, com uma vítima em março deste ano ante quatro no mesmo mês do ano passado. Os dados foram divulgados hoje (28) pelo Instituto de Segurança Pública (ISP), órgão vinculado à Secretaria Estadual de Segurança Pública, com base nos registros de ocorrência lavrados nas delegacias de Polícia Civil do estado durante o mês de março. No total, o indicador de letalidade violenta, que também abrange os casos de homicídio doloso, latrocínio e lesão corporal seguida de morte, tiveram um aumento de 23,8% no período, com 651 casos contra 526 em março de 2016. Outro indicador que registrou aumento expressivo foi o de roubos de veículos: 47,5% a mais em relação ao mesmo mês do ano passado, passando de 3.392 para 5.004 ocorrências. Entre os indicadores que tiveram redução, destaca-se o número de apreensões de adolescentes infratores, com 18,6% casos a menos que em março de 2016, caindo de 1.011 para 823 registros. O mesmo percentual de queda se deu nas apreensões de adolescentes por prática de ato infracional e cumprimento de busca, que foram 845 em março deste contra 1.038 no mesmo mês de 2016. De acordo com o ISP, a paralisação de algumas atividades da Polícia Civil, iniciada em janeiro de 2017, resultou em uma atípica subnotificação de determinados delitos no começo do ano. Uma parte dos registros on-line efetuados nos dois primeiros meses do ano começou a ingressar no sistema da Polícia Civil em março, passando a fazer parte das estatísticas do delito nesse mês. A nota do ISP ressalta, no entanto, que os indicadores de letalidade violenta (homicídio doloso, latrocínio, homicídio decorrente de oposição à intervenção policial e lesão corporal seguida de morte) e roubo de veículo não foram afetados. Isto porque os registros desses delitos continuaram a ser feitos nas delegacias, mesmo com a greve. tags: Rio de Janeiro, segurança pública, criminalidade, homicídios, autos de resistência, Instituto de Segurança Pública, ISP
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