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Dodge defende liberdade de ex-assessor do deputado Lúcio Vieira Lima

Job Ribeiro Brandão era assessor do deputado federal Lúcio Vieira Lima (foto) - Alan Marques/Folhapress
Job Ribeiro Brandão era assessor do deputado federal Lúcio Vieira Lima (foto) Imagem: Alan Marques/Folhapress

André Richter - Repórter da Agência Brasil

24/11/2017 17h53

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) parecer a favor da concessão de liberdade a Job Ribeiro Brandão, ex-assessor do deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA).

Job foi preso pela Polícia Federal (PF) após investigadores encontrarem suas digitais em sacos de dinheiro atribuídos ao ex-ministro Geddel Vieira Lima, irmão do parlamentar, mas ganhou o direito à prisão domiciliar, concedida pelo ministro Edson Fachin.

No parecer, Raquel Dodge afirma que o ex-assessor pode aguardar o desfecho das investigações em liberdade, porque está colaborando com a apuração sobre a origem do dinheiro.

"Ele não apenas confessou sua participação nos fatos, como foi além, revelando supostos contextos criminosos, conexos aos investigados no Inquérito n°4633, até então desconhecidos pelos investigadores. Ouvido pelo MPF e pela Polícia Federal, em 14/11/2017, Job teceu detalhes de uma suposta associação criminosa criada para ocultar valores milionários decorrentes de corrupção, organização criminosa e de peculato", informou a procuradora.

Geddel foi preso preventivamente em 3 de julho, na Operação Cui Bono, por suspeita de que estaria agindo para atrapalhar as investigações. No dia 13 do mesmo mês, o Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região concedeu ao ex-ministro o direito de cumprir prisão domiciliar em sua residência, em Salvador.

No dia 8, o ex-ministro foi preso novamente em Salvador, e levado para o Complexo Penitenciário da Papuda, na capital federal, três dias após a PF ter encontrado R$ 51 milhões em um apartamento de um amigo do político. O dinheiro apreendido já foi depositado em conta judicial.

Segundo a Polícia Federal, parte do dinheiro seria resultante de um esquema de fraude na liberação de créditos da Caixa Econômica Federal no período entre 2011 e 2013. Entre março de 2011 e dezembro de 2013, a vice-presidência de Pessoa Jurídica da instituição era ocupada por Geddel Vieira Lima.