Defesa de Antonio Grecco, da Rodrimar, pede habeas corpus no STF
Advogados de defesa de Antonio Grecco, presidente do Grupo Rodrimar, ingressaram na tarde de (30) com pedido de liberdade para o empresário, preso ontem pela Polícia Federal (PF) no âmbito da Operação Skala. Grecco é investigado no Inquérito dos Portos, que apura as suspeitas de que agentes públicos favoreceram empresas do setor portuário com a publicação de um decreto assinado pelo presidente Michel Temer em maio do ano passado, o chamado Decreto dos Portos (Decreto 9.048/2017). O pedido de habeas corpus do empresário, que está detido na carceragem da Superintendência da PF em São Paulo, foi recebido às 16h49 e será analisado pela ministra Rosa Weber, que está de plantão na Suprema Corte no feriado. A prisão de Antonio Grecco, que é temporária (válida por cinco dias), foi decretada pelo ministro Luís Roberto Barroso, que é o relator da investigação sobre o Decreto dos Portos no STF. Para a Procuradoria Geral da República (PGR), que pediu a prisão dele e de outras 12 pessoas envolvidas no caso, Grecco é tido como o principal articulador do esquema entre empresários do setor portuário de Santos (SP) e agentes públicos para a aprovação da lei, que ampliou o prazo para as concessões de áreas portuárias subiu de 25 para 35 anos, podendo ser prorrogado por mais 35 anos, o que favoreceria as empresas. Para a defesa de Antonio Grecco, a prisão do empresário é "abusiva". "Usar (...) a prisão temporária com o fim de confrontar versões e depoimentos dos investigados, numa espécie de depoimento obrigatório, reveste-se de método bastante perverso de contornar a proibição da condução coercitiva", diz um trecho do pedido de habeas corpus.
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