Alegria Sem Ressaca propõe folia sem abuso de álcool e drogas
10/02/2024 08h34
O bloco Alegria sem Ressaca - fundado em 2003 como alerta ao abuso de álcool e drogas - já não vai mais à orla de Copacabana, mas continua com a missão de prevenir a dependência química e as consequências do uso abusivo de substâncias no carnaval. A ideia do psiquiatra Jorge Jaber Filho, ao criar o bloco, foi pregar que os foliões podem brincar e se divertir sem excessos.
"A alegria não depende de drogas ou da ingestão de bebidas alcoólicas para existir. E é isso que queremos mostrar com a nossa festa. É preciso derrubar conceitos estabelecidos na sociedade de que, para ser feliz, é imprescindível consumirmos uma cervejinha ou um uisquinho. A alegria deve ser encontrada dentro de cada um de nós e não dentro de um copo", disse.
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Ao longo das décadas seguintes, se formou médico e especializou-se em psiquiatria. Seu trabalho envolve também a realização de cursos gratuitos para formação de mão de obra especializada no tratamento da dependência química, tema que é um problema de saúde pública no Brasil.
Festa
O bloco se prepara para uma maratona de eventos no terreno de 10 mil metros quadrados de uma clínica localizada em Vargem Pequena, zona oeste do Rio, especializada no tratamento da dependência química. A festa começa neste sábado de carnaval (10) e segue até a terça-feira (13). Na programação tem karaokê da folia, neste sábado (10), às 10h, com direito a piscina e picolé; o Futebol das Piranhas, no domingo (11), às 9h30, e piscina com músicas carnavalescas, às 10h30.
Na segunda-feira (12), às 10h, o bloco Alegria Sem Ressaca concentra ao som de músicas carnavalescas, com muita animação. Todos os componentes receberão camisetas e adereços. Estão previstos ainda confecção de fantasias e show da Velha Guarda de Vila Isabel. São realizadas também palestras abordando o tema do carnaval com saúde e sobriedade.
Além de petiscos, churrasco e sorvetes, haverá sucos e muita água para hidratar os foliões. A expectativa é que as atividades reúnam cerca de 300 pessoas entre pacientes, ex-internos, familiares e profissionais da área da saúde mental. Quem não tiver relação direta com a clínica, mas se identificar com a proposta de um carnaval livre de álcool e de drogas, está convidado a participar da festa.