Faltam policiais no Maranhão, admite secretário-adjunto
O secretário-adjunto de Segurança Pública do Maranhão, Laércio Mendes, admitiu nesta quarta-feira (8), que o número efetivo de polícia do Estado - que tem média de um policial para cada 890 habitantes - é insuficiente.
"Nós temos o menor efetivo do Brasil. Enquanto a ONU recomenda um policial para cada 300 habitantes, nós temos aqui um para 890", diz Mendes. O problema também foi apontado pelo advogado Luiz Antonio Pedrosa, da Comissão de Direitos Humanos da OAB do Maranhão.
Em entrevista à Rádio Estadão, ele fez questão de ressaltar que o Maranhão já fez concurso público para a polícia e que os novos homens estarão nas ruas até fevereiro.
O secretário-adjunto negou que a situação da violência no Estado tenha piorado nos últimos sete anos, período de governo de Roseana Sarney (PMDB). Ele colocou a culpa pela piora de índices no cenário de poucos policiais encontrado pela administração de Roseana.
Questionado sobre a necessidade do envio de homens da Força Nacional de Segurança Pública para o Estado, o secretário-adjunto afirmou que a ajuda seria bem-vinda. A Força Nacional está no Maranhão há cerca de 60 dias, mas atua apenas no sistema prisional. “A presença da Força Nacional é bem-vinda, vai nos ajudar muito”, disse.
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A opinião de Martins é diferente da exposta nesta terça-feira (7) pelo subcomandante geral da Polícia Militar do Maranhão, coronel João Alfredo Nepomuceno, que disse ontem que o reforço federal não é necessário.
Os dois, porém, concordam ao afirmar que a violência na região metropolitana de São Luís está sob controle. Até o momento, 20 pessoas que participaram dos ataques foram presas.
A recente onda de violência no Estado começou dentro do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, onde somente neste ano duas pessoas morreram. A crise no sistema carcerário ganhou as ruas da capital na semana passada. Presidiários deram ordens para que bandidos queimassem quatro ônibus e atirassem em uma delegacia de polícia.
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