Defesa Civil suspende obras do metrô do Rio
A interrupção das escavações foi determinada após reunião entre técnicos da prefeitura e do Consórcio Linha 4 Sul. "Determinamos a interrupção das escavações, até que sejam apresentadas as causas e as garantias para o prosseguimento", informou a Defesa Civil, em uma rede social. O comunicado foi publicado após questionamentos de uma moradora.
Durante a reunião, o secretário de Defesa Civil, Márcio Motta, questionou o consórcio por não ter acionado previamente a prefeitura - o procedimento adequado. Moradores afirmam que a prefeitura e a Defesa Civil só chegaram ao local cerca de 8h após o afundamento do solo.
O incidente ocorreu por volta das 3h, no trecho entre as Ruas Farme de Amoedo e Teixeira de Melo. "O pessoal que mora nos apartamentos de frente ouviu o barulho. Na hora, sentimos um cheiro forte de gás. Muita gente desceu, com medo que desabasse", contou o promotor de vendas Fernando Azevedo, morador do prédio número 137, um dos mais atingidos.
No acesso ao edifício, as marcas do afundamento estavam no desnível no solo, nas extensas rachaduras e no canteiro. O portão cedeu.
Para o engenheiro eletrônico Ivar Miguel dos Santos, morador do prédio 133, que também teve rachaduras, houve falta de informações. "Está todo mundo inseguro. Quero saber se tem risco dormir aqui com meus filhos", disse.
Sem risco
Em nota, o consórcio responsável pelas obras entre Ipanema e a Gávea informou que ainda analisa as causas do incidente e afirmou que não há risco para os prédios.
De manhã, o Corpo de Bombeiros e técnicos do consórcio realizaram vistoria preliminar, sem detectar risco para os edifícios. Mais tarde, um engenheiro da Defesa Civil inspecionou quatro prédios e chegou à mesma conclusão. Apesar das rachaduras, a avaliação é de que não houve colapso estrutural. À tarde, os buracos já haviam sido preenchidos com concreto.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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