Na capital paulista, assassinatos caíram 13,8% no mês passado
Assim como no Estado de São Paulo, a capital registrou novo aumento de roubo em novembro. Esse tipo de crime cresceu 20% na cidade - no acumulado dos 11 primeiros meses, os registros somaram 28% a mais de casos do que no mesmo período de 2013.
Mas, ao contrário do que foi verificado no Estado, a cidade teve menos assassinatos no mês do que no ano passado. Ao todo, foram 87 casos, enquanto em 2013 esse número ficou em 101 - queda de 13,86%. O acumulado do ano chegou a 1.027 homicídios, ante 1.077 em 2013. Em outubro, os homicídios haviam subido 3,8% na capital.
Os dados da criminalidade da capital, que devem ser divulgados nesta semana pela Secretaria da Segurança Pública, mostram que o total de estupros caiu 4,6% no ano na capital. Já os latrocínios (roubos seguidos de morte) cresceram 6,2% de janeiro a novembro de 2014 - a maioria aconteceu durante roubos de carro ou na saída de bancos.
E isso ocorreu mesmo com a queda dos roubos de veículos. Esse tipo de delito diminuiu 13,41% em novembro e 0,65% durante o ano. Para a polícia, a nova lei de desmanches, que aumentou a fiscalização dos estabelecimentos e determinou seu emparedamento em caso de irregularidades, estaria por trás desses números.
Os furtos de veículos (quando não há violência ou grave ameaça contra a vítima), no entanto, subiram 3,35% em novembro e 3,39% no ano. Para tentar combater a ação dos ladrões de carro, a Polícia Militar tem feito operações nas principais rotas usadas pelos bandidos, entre o local do furto e o roubo do veículo até as regiões onde estão concentrados os desmanches na cidade.
Desde julho, o Comando de Policiamento da Capital (CPC) tem realizado operações para saturar com policiais regiões da cidade com alta incidência de roubos e outros delitos para obter a redução dos índices - são as chamadas PrevPaz. Tanto a PM quanto a Polícia Civil pretendem aumentar seus efetivos em 2015 na capital, preenchendo as vagas existentes.
No caso da Polícia Civil, uma das principais deficiências seria a falta de escrivães de polícia, o que torna mais lento o andamento dos inquéritos policiais, diminuindo ainda o total de crimes esclarecidos pela polícia - atualmente, apenas 2% dos delitos de autoria desconhecida têm seus autores descobertos por meio de investigações da polícia.
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