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Após reunião com Renan, Pepe Vargas diz que 'entendimento está sendo construído'

De Brasília

04/03/2015 22h15

O ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Pepe Vargas, afirmou, após se reunir no Congresso com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que um caminho para o entendimento está sendo construído. "Ele acha que para pactuar melhor com o PMDB, o partido tem de ser mais ouvido em torno de algumas ações que o governo adota", disse.

Renan teria dito, segundo Vargas, que "é preciso construir condições de desobstruir a pauta, votar a lei do orçamento e vencer a questão do veto". O presidente do Senado quer também "construir uma negociação em torno do reajuste da tabela do imposto de renda". Segundo Pepe Vargas, Renan Calheiros "se dispôs a ajudar a encontrar uma saída negociada" para as questões que estão emperradas no Congresso, como é o caso do IR.

Após retornar ao Planalto, Pepe Vargas levou à presidente Dilma Rousseff um relato da conversa de mais de uma hora que teve com Renan Calheiros. Esta foi uma das pontes que o governo está tentando criar para melhorar o clima com o PMDB e com o presidente do Senado. Na conversa, Renan insistiu que quer preservar a independência do Senado, que considera "muito importante".

Na opinião do ministro, o clima hoje já está melhor. "Ontem, eu liguei duas, três vezes, e ele não atendeu. Hoje, eu liguei e ele atendeu de imediato. Aí marcamos a reunião", contou Pepe. "Vamos fazer agora o caminho, o percurso para este entendimento". Sobre a possibilidade de uma conversa de Dilma com Renan, o ministro disse que os dois são presidentes de Poderes e se falam quando quiserem.

Questionado sobre os problemas de relacionamento do Executivo com Legislativo que poderão ocorrer, caso se confirme os nomes de Renan e do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, na lista do Ministério Público relativa à Operação Lava Jato, o ministro respondeu: "Primeiro, não sei quem está na lista, não tenho a menor ideia e, se é verdade o que está sendo dito, a lista será de pedir investigação, que sequer é denúncia".