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Helicóptero deverá ser reconstruído pela Aeronáutica

Bombeiros e peritos trabalham na remoção dos destroços do helicóptero que caiu e causou a morte de cinco pessoas, entre elas Thomaz Alckmin, filho do governador Geraldo Alckmin (PSDB) - Alex Silva/Estadão Conteúdo - 3.abr.2015
Bombeiros e peritos trabalham na remoção dos destroços do helicóptero que caiu e causou a morte de cinco pessoas, entre elas Thomaz Alckmin, filho do governador Geraldo Alckmin (PSDB) Imagem: Alex Silva/Estadão Conteúdo - 3.abr.2015

Em São Paulo

04/04/2015 19h53Atualizada em 04/04/2015 20h10

Os peritos da Aeronáutica terminaram de recolher hoje (4), por volta das 9h, as peças do helicóptero em que morreu Thomaz Alckmin, filho do governador Geraldo Alckmin (PSDB), e outras quatro pessoas, em Carapicuíba, na Grande São Paulo.

Agora, eles vão tentar reconstruir a aeronave dentro de uma área do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos, que fica no Campo de Marte, junto ao Instituto de Criminalística do governo estadual. O trabalho de recuperação chegou a ser suspenso na sexta-feira (3) por causa da quantidade de gasolina espalhada na área dos escombros. O Corpo de Bombeiros teve de ir ao local para "lavar" a área.

Até ontem, as empresas Helipark e Seripatri não tinham se pronunciado oficialmente sobre como havia sido realizada a manutenção da aeronave, antes da decolagem. Um dos focos seriam as pás do helicóptero. De acordo com Marcos Manfrin, delegado seccional de Carapicuíba, as pás eram o foco.

O helicóptero em que os cinco tripulantes morreram estava em teste, após passar por manutenção e balanceamento. A polícia confirmou ter encontrado três pás, o que já confirma a principal suspeita de que o equipamento se desfez no ar. Um vídeo feito por vizinhos mostra uma das partes do aparelho se soltando durante a queda. Segundo afirmaram peritos da Aeronáutica, a queda foi "incrivelmente vertical".

Acidente incomum

"A pá desprendeu da cabeça do rotor e isso não é comum. Pode ter quebrado o parafuso de fixação, pode ter faltado o pino de segurança, são suposições. Mas uma das possibilidades mais prováveis para soltar a pá é a falta do pino, que pode ter ocorrido por falha humana, por não ter sido preso direito, ou porque o material veio com defeito", disse anteontem (2) o piloto Gustavo Penna, 33, que conhecia Thomaz Alckmin havia 6 meses.