Após atrasos, Alckmin rompe contratos e obras da Linha 4 do Metrô são paralisadas
Os trabalhos vêm se arrastado desde que o consórcio formado pelas empresas Isolux, Corsán e Corviam, todas envolvidas no escândalo da Operação Lava Jato, apresentaram dificuldades financeiras para a execução dos projetos. A obra chegou a ficar parada entre novembro do ano passado e fevereiro, período em que o governador Geraldo Alckmin chegou a sugerir a paralisação dos serviços. O BIRD, entretanto, optou por ampliar as linhas de financiamento paras as empresas e o Estado chegou a assinar um contrato aditivo para dar mais R$ 20,4 milhões para as empresas manterem os serviços em um dos lotes.
Tratava-se do segundo acréscimo de valor ao contrato assinado em 2012, que saltava de R$ 172,9 milhões para R$ 212,3 milhões. Em março do ano passado, quando o trecho da linha deveria ter sido entregue, o Metrô já havia desembolsado mais R$ 18,9 milhões para o consórcio espanhol.
Após a assinatura do aditivo, entretanto, os serviços teriam continuado a serem executados em ritmo aquém do previsto. Segundo o Metrô, funcionários voltaram aos canteiros de obras, mas sem equipamento pesado necessário para que os trabalhos avançassem. Então o governo optou por romper os contratos definitivamente.
O Metrô afirma que vai aplicar as multas previstas em contrato às empresas, que chegam a R$ 23 milhões. "O consórcio Corsan-Corviam foi notificado por não cumprir o escopo dos contratos assinados em 2012 nos prazos estabelecidos, desistência da execução contratual (abandono da obra), não atendimento das normas de qualidade, segurança do trabalho e meio ambiente, ausência de pagamento das subcontratadas e violação de várias cláusulas contratuais", diz nota da empresa.
As empresas do consórcio também serão proibidas de participar de novas licitações do Metrô.
As estações paralisadas são Higienópolis/Mackenzie, Oscar Freire, São Paulo/Morumbi e Vila Sônia. Na última parada, havia ainda a construção de um terminal de ônibus.
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