Movimento de auditores por inclusão na PEC 443 continua forte, diz Sindifisco
Segundo informações do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco Nacional), uma das mais importantes regiões fiscais, a 7ª região, que compreende o Rio de Janeiro e Espírito Santo, já está sem comando. "Superintendente, delegados e inspetores devolveram suas funções", diz a nota do Sindifisco. São 12 mil auditores em todo o País, num dos órgãos federais de maior capilaridade pelo território brasileiro.
Ontem à noite, os ministros da Fazenda, Joaquim Levy, e do Planejamento, Nelson Barbosa, estiveram reunidos com o presidente do Sindifisco Nacional, Cláudio Damasceno, para discutir a situação. O secretário da Receita, Jorge Rachid, participou do encontro. Durante a reunião, Damasceno destacou a insatisfação dos auditores com a rejeição da emenda, que na avaliação da categoria foi potencializada pelos pronunciamentos dos líderes José Guimarães (PT-CE), Sibá Machado (PT-AC) e Leonardo Picciani (PMDB-RJ) durante a sessão, que criticaram a inclusão dos auditores fiscais no rol de beneficiários do projeto.
"Levy deixou claro que as manifestações dos três deputados trouxeram conceitos equivocados. O ministro foi além ao reafirmar o compromisso do governo com o tratamento equivalente entre todas as carreiras típicas de Estado. E adiantou que estão sendo estudadas outras maneiras de avançar na pauta de valorização dos auditores", diz a nota do Sindifisco.
No encontro, os ministros foram alertados pelo sindicato de que a Receita está parada e que, seguindo orientação da entidade, a entrega dos cargos de chefia em diversos Estados tinha começado. O Sindifisco ainda destacou que a categoria não voltará à normalidade até que as reivindicações sejam atendidas.
De acordo com o Sindifisco, os ministros não se comprometeram com a aprovação do destaque que incluiria os auditores na PEC 443, sob a justificativa de que não são favoráveis a qualquer matéria que faça vinculação com o salário dos ministros do STF. "Da mesma maneira, não houve por eles qualquer aceno à pauta apresentada por Damasceno", diz a nota.
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