Rede analisa pedir representação contra Delcídio no Conselho de Ética
26/11/2015 16h31
Apesar de apontar tendência pela representação, pedindo que o Conselho de Ética abra processo contra o senador que foi detido na manhã desta quarta-feira, 25, a ação da Rede pode ser tardia ou inócua. Há pouco, o líder do PSDB, Cássio Cunha Lima (PB), cobrou do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que envie diretamente ao Conselho de Ética, por meio da Mesa Diretora, um pedido referente ao decoro parlamentar. O pedido, que já está pronto, aguarda apenas a assinatura de Calheiros, que não marcou data para agir.
Com posicionamento declarado como independente, era esperado que a Rede furasse o acordo selado entre PSDB, DEM e Renan e assinasse a representação no nome do partido. Caso Calheiros seja mais rápido, a decisão de Randolfe perderá o objetivo.
Randolfe foi um dos senadores que, na tarde de ontem, protocolou no Superior Tribunal Federal (STF) mandado de segurança que pedia que a votação no Senado sobre a manutenção ou revogação da prisão de Delcídio Amaral fosse aberta. A resposta encaminhada pelo ministro do Supremo, Edson Fachin, favorável ao pedido do senador, teria influenciado os demais a concordar que a votação não fosse secreta.
A Rede também colocou, com o PSOL, representação no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados contra Eduardo Cunha (PMDB-RJ) por quebra de decoro parlamentar.