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Edinho prega 'bom senso' em processo do impeachment e 'diálogo' após votação

Edinho Silva, ministro da Secom, ao lado de Dilma  - Ichiro Guerra/PR
Edinho Silva, ministro da Secom, ao lado de Dilma Imagem: Ichiro Guerra/PR

De Ribeirão Preto (SP)

07/04/2016 09h53

O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Edinho Silva, afirmou nesta quinta-feira (7), em entrevista à Rádio Capital, que o governo acredita no "bom senso e na reflexão" de deputados federais para rejeitar a admissibilidade do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, cujo desfecho na Câmara deve ocorrer até meados deste mês.

Edinho voltou a pregar ainda um pacto político entre "situação, oposição e terceira via", em busca de uma agenda comum para superar a crise política.

"Respeitamos o parecer (do deputado federal Jovair Arantes) que foi lido (ontem) na comissão de impeachment, mas acreditamos no bom senso e na reflexão dos parlamentares. Aguardamos o bom senso já na comissão e, em última instância, confiamos no posicionamento dos deputados do plenário", disse.

"A pergunta que todas as lideranças precisam fazer é: o que será do Brasil no dia seguinte pós-impeachment, seja o desfecho que for? Temos de retomar o ambiente de diálogo (...) com situação, oposição e terceira via, e criar uma agenda nacional, apesar das divergências", completou.

O ministro voltou a dizer que Dilma não cometeu crime de responsabilidade passível de afastá-la do cargo e afirmou que a baixa popularidade da presidente não pode ser justificativa para o impeachment. "O que não pode é a baixa popularidade justificar o pedido de impeachment. Isso abre um precedente gravíssimo. Toda vez que um governante passar por dificuldades vamos interromper o mandato?", indagou.

Na entrevista à emissora de rádio paulista, o ministro reafirmou ainda que o governo reconhece o aprofundamento da crise, mas avaliou que a parte da crise econômica é contaminação política.

Edinho disse que os números da economia já melhoraram, mesmo diante do cenário turbulento. "A inflação já começa a cair e caminha para a meta. Deve ficar por volta de 7%. Teremos ainda US$ 40 bilhões de superávit da balança, e temos US$ 370 bilhões em reservas cambiais", justificou.