Após calamidade no Rio, governo federal teme efeito dominó nos Estados
Embora o Planalto tenha evitado falar em negociação separada com o governo do Rio de Janeiro, a tendência é que a Fazenda feche acordos diferenciados com Rio, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, Estados que se encontram em situação financeira mais calamitosa. "A situação deles é muito difícil. Será inevitável uma negociação separada. Não há como não ter acordo específico para esses Estados", disse um integrante do governo ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado.
O governo federal tem preocupação de que o decreto de calamidade financeira, feito na sexta-feira (17) pelo Rio, cause efeito dominó nos outros Estados, o que poderia criar uma "conturbação social". A União deve mesmo socorrer os Estados, mas apresentando como contrapartida um pacote disciplinar adicional.
A crise financeira desses Estados é tão grave que a contraproposta apresentada pela equipe econômica para alívio de curto prazo nas finanças dos governos estaduais não resolve o problema individual de cada um dos três. Em reunião com os secretários de Fazenda dos Estados, na semana passada, a secretária do Tesouro Nacional, Ana Paula Vescovi, indicou que o governo vai buscar uma solução individual para os três, mas fechará as portas para uma nova negociação sobre o endividamento.
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