'Vontade do povo' deve 'ser respeitada', diz Macron a líderes da oposição venezuelana
O presidente da França, Emmanuel Macron, disse aos líderes da oposição venezuelana, María Corina Machado e Edmundo González Urrutia, que reivindicam vitória nas eleições presidenciais de 28 de julho, que "a vontade do povo venezuelano [...] deve ser respeitada", em uma conversa telefônica nesta quarta-feira (8).
"Durante a conversa, o presidente da República reiterou o apoio da França ao povo venezuelano", indicou o Palácio do Eliseu em comunicado, a dois dias da posse do mandatário Nicolás Maduro, proclamado reeleito apesar das acusações de fraude no pleito.
O líder europeu também fez um apelo pela libertação de "todas as pessoas detidas por suas opiniões ou compromissos políticos".
Macron "ressaltou que a vontade do povo venezuelano, bem como o seu direito a se manifestar pacificamente e a se reunir livremente devem ser respeitados", acrescentou a Presidência francesa em comunicado.
A oposição venezuelana anunciou manifestações e denunciou prisões "arbitrárias", como a de Enrique Márquez, ex-candidato presidencial no pleito do ano passado.
Macron reiterou "o apoio da França ao povo venezuelano" e se comprometeu a "acompanhar a situação de perto e, com seus parceiros, em particular os países da região, apoiar a aspiração do povo venezuelano à democracia, paz e estabilidade".
Maduro foi proclamado vencedor com 52% dos votos pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), que não apresentou as atas das urnas, alegando ter sido vítima de um ataque cibernético.
A reeleição de Maduro é questionada pela oposição, para quem González é o real vitorioso com mais de 70% dos votos.
A oposição apresenta como prova cópias das atas emitidas pelas máquinas de votação, que González levou ao Panamá em uma viagem internacional, para que esse país as custodie no cofre de seu Banco Nacional.
Funcionários do chavismo, por sua vez, chamaram esses documentos de "forjados".
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© Agence France-Presse
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