Acusações prejudicaram acolhimento de moradores de rua, diz Haddad
As duas novas tendas foram montadas no Vale do Anhangabaú, no centro, e na Mooca, na zona leste. Na primeira hora, a unidade da zona leste recebeu somente um morador de rua. As tendas foram uma promessa da gestão Haddad após a morte de cinco moradores de rua, contabilizadas pela Pastoral do Povo de Rua, durante uma onda de frio no início deste mês.
"Em função da maneira como o assunto foi tratado, na minha opinião com muita hipocrisia, gerou por parte da população em situação de rua uma resistência maior ao acolhimento, colocando em risco a sua própria condição", afirmou o prefeito.
Segundo Haddad, as críticas à abordagem da Guarda Civil Metropolitana (GCM), que retiravam colchões e papelões dos moradores de rua, se mostraram "infundadas" e provocaram "um problema que vai ter que ser superado com muita conversa". O prefeito afirmou que a relação entre assistentes sociais e GCM foi "prejudicada" pelo tratamento que classificou como "demagógico" nos períodos de frentes frias do início de junho.
"Existem os moradores em situação de rua que naturalmente e espontaneamente buscam acolhimento. E há um continente grande daqueles que são abordados para buscar o acolhimento, um trabalho muito difícil feito pelas assistentes sociais e pela guarda civil, e esse trabalho é que foi prejudicado através de acusações que se demonstraram inverídicas", destacou o prefeito.
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