Topo

Lewandowski nega todas as questões de ordem e suspende sessão para almoço

25/08/2016 13h10

Brasília - A sessão do julgamento final do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff foi suspensa às 12h50 desta quinta-feira, 25, pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, para que os parlamentares possam almoçar. A previsão é de que os trabalhos sejam retomados às 14 horas.

A parte da manhã da sessão foi marcada pela apresentação de dez questões de ordem por senadores aliados da petista - máximo que poderiam apresentar. Todas foram negadas pelo presidente do STF. Com isso, ficará para o período da tarde de hoje o início dos depoimentos das duas testemunhas de acusação e das seis de defesa.

As questões de ordem foram feitas pelos os senadores Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), Gleisi Hoffmann (PT-PR), Kátia Abreu (PMDB-TO), Fátima Bezerra (PT-RN), Lindbergh Farias (PT-RJ) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP). Todos votaram a favor de Dilma nos dois primeiros julgamentos do impeachment no Senado.

Em linhas gerais, pediam para suspender o julgamento ou arquivar a denúncia que embasa o pedido de impeachment da presidente afastada, a suspeição de testemunhas de acusação ou que fosse retirado dos autos do processo a questão sobre o atraso dos pagamentos do governo Dilma ao Plano Safra, uma das chamadas "pedaladas fiscais".

Senadores aliados do presidente em exercício Michel Temer, que não apresentaram nenhuma questão de ordem, acusaram os aliados de Dilma de "chicana" e "procrastinação". A base do peemedebista quer encerrar o julgamento o mais rápido possível, para que Temer possa viajar para a reunião do G-20 na China já como presidente efetivo.

Testemunhas

A primeira testemunha de acusação a ser ouvida será Júlio Marcelo de Oliveira, procurador do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU). Depois dele, senadores e advogados de defesa e acusação ouvirão Antonio Carlos Costa D'Ávila Carvalho Junior, auditor federal de Controle Externo do TCU.

Em seguida serão ouvidas as seis testemunhas de defesa: economista Luiz Gonzaga Belluzzo; o consultor jurídico Geraldo Mascarenhas; o ex-ministro da Fazenda Nelson Barbosa; a ex-secretária de Orçamento Federal Esther Dweck; o ex-secretário executivo do Ministério da Educação no governo de Dilma Luiz Cláudio Costa; e o advogado Ricardo Lodi.

A expectativa, porém, é de que apenas duas testemunhas de defesa sejam ouvidas nesta quinta-feira. As outras serão ouvidas nesta sexta-feira, 26, e durante o fim de semana. Na próxima segunda-feira, 29, será a vez de Dilma depor pessoalmente no plenário. A previsão é de que o julgamento só acaba na próxima quarta-feira, 31 de agosto.