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Guarda que recomendou fechamento do Ibirapuera mais cedo é transferido

Turistas apreciam paisagem na ponte sobre o lago do Parque do Ibirapuera, em São Paulo - Simon Plestenjak/UOL
Turistas apreciam paisagem na ponte sobre o lago do Parque do Ibirapuera, em São Paulo Imagem: Simon Plestenjak/UOL

10/11/2016 11h50

O comandante da GCM (Guarda Civil Metropolitana) Rubens Aparecido da Silva, responsável por um relatório que desaprova o funcionamento do Parque do Ibirapuera após as 22 horas e o horário estendido de fim de semana, será afastado das funções que exerce na região do parque e transferido para outra unidade. O texto sob sua responsabilidade, revelado pelo Estado, justificou a mudança pelo suposto perfil do público após esse horário: "Homossexuais, skatistas e jovens com problemas relacionados ao uso de bebidas".

A informação foi confirmada pelo secretário de segurança urbana Benedito Mariano, em entrevista à Rádio CBN. "Ele é um bom inspetor, será aproveitado em outra unidade. Mas acho que ele cometeu um equívoco de fazer um relatório sobre esse funcionamento sem falar com o comando da guarda e sem comunicar à secretaria de segurança urbana", disse Mariano.

Segundo Silva, seria "salutar" fechar o parque às 22 horas, independentemente do dia. Hoje, os portões têm horários variados. Durante a semana, quatro deles permitem entrada a partir das 5 horas e saída à meia-noite - maior período disponível. Só de sábado para domingo é que há circulação 24 horas.

No relatório, a GCM classifica como "ameaças" ao parque a concentração de minorias (sem especificar quais), de flanelinhas, comerciantes irregulares e o registro de rolezinhos no local. O documento também aponta como áreas de risco para ocorrência de roubos, furtos e consumo de entorpecentes a marquise, as quadras, a passarela Ciccillo Matarazzo e o espaço conhecido por "bambuzal".