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Relator indica mais três mudanças no texto do pacote anticorrupção

Relator do pacote das medidas de combate à corrupção, deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) - André Borges - 10.abr.2013/Folhapress
Relator do pacote das medidas de combate à corrupção, deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) Imagem: André Borges - 10.abr.2013/Folhapress

De Brasília

23/11/2016 16h58

O relator do pacote das medidas de combate à corrupção, deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), disse na tarde desta quarta-feira (23) aos colegas de comissão especial que deve incluir no parecer final a criminalização do exercício ilegal da advocacia e colocar de volta no pacote a reforma nas regras de ação popular.

Lorenzoni também deve incluir o pedido para que, durante as audiências judiciais, o Ministério Público deixe de se posicionar ao lado do juiz, para ficar frente a frente com a defesa. "Essas três coisas provavelmente serão acolhidas. A partir daí estou tendo dificuldades", adiantou o relator.

Durante os discursos dos parlamentares, o deputado Silvio Costa (PTdoB-PE) criticou a instituição da figura do "reportante do bem", que é o denunciante da irregularidade e que não participou do crime. Pela proposta, o denunciante será recompensando financeiramente pelo gesto. "Todo cidadão tem o direito de denunciar sem ser remunerado", afirmou o deputado, que classificou a medida de instituição do "mercado da corrupção" e o denunciante de "corretor da corrupção".

Costa acusou Lorenzoni de atuar para derrotar seu próprio parecer e ter sua imagem beneficiada com isso. "Tu quer sair como grande arauto da moralidade e o resto como bandido", apontou. Lorenzoni rebateu dizendo que não responderia ao ataque porque o deputado não merecia. "Umas pessoas que leram (o texto), outras fazem cineminha e querem transformar isso num circo", declarou.

O relator também recebeu críticas à instituição do teste de integridade a todos os servidores públicos. O deputado Zé Geraldo (PT-PA) questionou se o ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, também seria submetido ao teste. "Se Geddel tivesse teste de integridade, será que seria possível adivinhar que ele tinha comprado um apartamento ilegal?", discursou.

A sessão segue com a discussão do parecer de Lorenzoni. Faltam mais três deputados inscritos discursarem para que a reunião entre na fase de votação do parecer.