Novo reitor da Unesp quer mudar graduação
Ele assume o cargo em meio a uma crise na instituição, que neste ano adotou contingenciamento de R$ 32,6 milhões de programas de desenvolvimento institucional e reformas para novos cursos e tem mais de 100% dos recursos que recebe do Estado comprometidos com pagamento de servidores e docentes. "Somos a favor do financiamento público, mas como ocorre hoje não é estável."
Apesar da crise, Valentini disse que pretende reestruturar os cursos de graduação - que, segundo ele, não correspondem à expectativa dos estudantes - e reformular o sistema de avaliação docente da instituição e aplicá-lo em promoções. Ele também defende novo teto salarial para os professores das universidades estaduais - a proposta é de que sejam limitados para 90,25% do vencimento de um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), como já é previsto nas universidades federais.
Além da reitoria da Unesp, ele também presidirá no próximo ano o Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp) - que inclui USP e Unicamp. Para Valentini, é preciso revisar o papel do órgão para chegar a alternativas de financiamento. "A pauta do Cruesp não pode ser apenas sazonal, só em época de dissídio. Precisamos pensar juntos em frentes para aumentar o nosso financiamento. Hoje, por exemplo, as universidades já fazem parcerias com a iniciativa privada. É uma fonte de recurso, mas que jamais darão conta da nossa folha de pagamento", disse.
Lista.
Valentini e Nobre lideraram a lista tríplice encaminhada pela Unesp ao governador, com 57,6% dos votos válidos. Valentini é formado em Farmácia-Bioquímica e foi diretor da Faculdade de Ciências Farmacêuticas (Araraquara). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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