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Kalil faz de prefeitura de BH 'filial' do Galo

Em 2012, Kalil contratou Ronaldinho Gaúcho para reforçar o Atlético-MG - Bruno Cantini/Site do Atlético-MG
Em 2012, Kalil contratou Ronaldinho Gaúcho para reforçar o Atlético-MG Imagem: Bruno Cantini/Site do Atlético-MG

Em Belo Horizonte

26/12/2016 08h23

Ao menos quatro nomes ligados ao comando do Atlético-MG vão ocupar cargos do primeiro escalão do governo municipal na gestão do prefeito eleito Alexandre Kalil (PHS), ex-presidente do clube.

Braço direito de Kalil no clube --e também na campanha eleitoral--, a atual diretora executiva do Atlético, Adriana Branco, será secretária de Assuntos Institucionais e Comunicação Social. Daniel Nepomuceno, hoje presidente do time (vice de Kalil em seus dois mandatos como cartola do Galo), será secretário de Desenvolvimento.

O cargo de secretário de Fazenda ficará com Fuad Noman, do Conselho de Ética e Disciplina do Atlético. Para Esporte e Lazer, foi chamado Bebeto de Freitas, que tem três passagens pelo clube, a última como diretor executivo, de 1999 a 2001.

Nepomuceno e Adriana estavam ao lado de Kalil no momento que pode ser considerado de guinada para o Atlético. Em 2012, com mil cheques pré-datados e sem fundos, além de uma dívida de R$ 310 milhões, eles contrataram Ronaldinho Gaúcho para reforçar a equipe.

O atleta foi fundamental para a principal conquista do Galo na era Kalil (2009-2014): a Taça Libertadores (2013). A gestão foi marcada ainda pela derrota para o fraco time marroquino Raja Casablanca no Mundial de Clubes, em 2013.

No anúncio dos nomes, há uma semana, o prefeito anunciou a redução de 22 para 13 secretarias municipais.

Durante a campanha pela prefeitura, Kalil afirmava ter condições de administrar a cidade porque isso envolvia gastar recursos de forma responsável, estabelecendo prioridades. Ao menos em relação às dívidas, o passivo do Atlético atualmente é de R$ 530 milhões - R$ 220 milhões a mais do que os R$ 310 milhões de quando assumiu o Atlético.

Procurado, Kalil não respondeu o pedido de entrevista. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.