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Justiça nega a vereadores presos festa da posse em Osasco (SP)

6.dez.2016 - Na foto, o vereador Alex da Academia vai para o IML fazer exame de corpo delito - Aloisio Mauricio/Fotoarena/Estadão Conteúdo
6.dez.2016 - Na foto, o vereador Alex da Academia vai para o IML fazer exame de corpo delito Imagem: Aloisio Mauricio/Fotoarena/Estadão Conteúdo

28/12/2016 09h37

O Tribunal de Justiça de São Paulo negou liminar em habeas corpus a dois vereadores eleitos de Osasco que estão presos na Penitenciária de Tremembé, no Vale do Paraíba. Investigados na Operação Caça-Fantasmas, Alex Sandro, o Alex da Academia (PDT), e Jair Assaf (PROS), além de outros 12 vereadores da cidade da Grande São Paulo, foram capturados no dia 6 de dezembro por supostos desvios de R$ 21 milhões por meio do apadrinhamento e contratação fictícia de servidores.

Eles pretendiam ser deslocados, sob "escolta adequada", até a Câmara de Osasco no domingo (1º), para a festa da posse.

Os advogados de Alex da Academia e de Jair Assaf argumentaram que, para serem empossados nas funções, os vereadores deveriam ir à solenidade. Os defensores recorreram ao plantão judiciário solicitando autorização para que os dois políticos fossem, no dia da posse, conduzidos até a cidade Osasco, "mediante escolta adequada".

Ao negar o pedido, o desembargador Fábio Gouvêa, da Seção de Direito Criminal do Tribunal de Justiça do Estado, assinalou que "a matéria é de caráter eminentemente eleitoral".

"Os pacientes (vereadores) estão presos sob acusação de terem cometido crimes comuns, extrapolando as funções de vereador, contratando 'funcionários fantasmas' e outras condutas descritas na denuncia", observou Gouvêa. Ele sugeriu "aos doutos impetrantes" que procurem "a esfera adequada para deduzirem seus reclamos".