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Nova fase da Lava Jato, Operação Paralelo mira operadores do mercado financeiro

Julia Affonso, Ricardo Brandt e Fabio Fabrini

São Paulo

28/03/2017 10h53

A Operação Paralelo, 39ª fase da Lava Jato, foi deflagrada pela Polícia Federal (PF) na manhã desta terça-feira, 28. Foram expedidos por ordem do juiz federal Sérgio Moro seis mandados, cinco de busca e apreensão e um de prisão preventiva.

O ex-gerente da Petrobras Roberto Gonçalves (março de 2011 a maio de 2012) foi preso em Boa Vista, Roraima. Roberto Gonçalves sucedeu Pedro Barusco, um dos delatores da Lava Jato, na gerência da estatal.

De acordo com nota da Polícia Federal, a investigação apura a atuação de operadores no mercado financeiro em benefício de investigados no âmbito da Operação Lava Jato. A atuação teria se dado no âmbito de uma corretora de valores suspeita de ter realizado a movimentação de recursos de origem ilícita para viabilizar pagamentos indevidos de funcionários e executivos da Petrobras.

A investigação ainda tem por objetivo apurar a responsabilidade criminal de ex-executivo da Diretoria de Engenharia e Serviços da Petrobras, apontado como o beneficiário de diversos pagamentos em contas clandestinas no exterior, feitos por empreiteiras que contrataram com a empresa.

O termo paralelo usado na operação é utilizado em uma simples alusão a atuação clandestina à margem dos órgãos de controles oficiais do mercado financeiro por parte dos investigados.