Citado em 2 inquéritos, Temer não é investigado
Breno Pires
Brasília
12/04/2017 08h16
Um dos inquéritos tem como alvos os ministros Eliseu Padilha, da Casa Civil, e Moreira Franco, da Secretaria-Geral da Presidência, que, segundo informações trazidas por seis delatores, cobraram propina para irrigar campanhas eleitorais em nome do PMDB e de Michel Temer.
Neste inquérito foram incluídas as informações do delator Cláudio Melo Filho sobre um jantar, em 28 de maio de 2014, que reuniu Marcelo Odebrecht, Eliseu Padilha e Michel Temer, no Palácio do Jaburu. Ali teria sido feito um pedido de repasse de R$ 10 milhões, sob pretexto de financiar a campanha eleitoral de 2014. Segundo a PGR, o ex-presidente e herdeiro do grupo, Marcelo Odebrecht, confirmou o pedido e declarou que R$ 6 milhões seriam destinados a Paulo Skaf e outros R$ 4 milhões a Eliseu Padilha.
O outro inquérito em que Temer é citado foi aberto para investigar o senador Humberto Costa (PT). Segundo o resumo do ministro Edson Fachin, seis colaboradores narraram a ocorrência de solicitação de vantagem indevida, por parte de agentes públicos vinculados à Petrobrás. Além de Temer e de Humberto Costa, são citados o ex-deputado Eduardo Cunha, a ex-presidente Dilma Rousseff e a ex-presidente da Petrobrás Graça Foster.
"A investigação deve tramitar em conexão com a do senador Humberto Costa, com exceção do atual presidente da República, Michel Temer. Isso porque ele possui imunidade temporária à persecução penal", disse Janot no pedido de abertura de inquérito.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.