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'Quero ser conhecido como o presidente das grandes reformas', diz Temer

Divulgação/SBT
Imagem: Divulgação/SBT

José Roberto Gomes

São Paulo

29/04/2017 00h04

O presidente da República, Michel Temer, voltou a defender a reforma trabalhista, aprovada nesta semana na Câmara dos Deputados. "Vai dar maior segurança jurídica para o empregador e o empregado. Estamos fazendo isso para reformar o Brasil e gerar emprego", disse em entrevista ao "Programa do Ratinho", do SBT, gravada durante a semana e veiculada na noite desta sexta-feira (28).

Indagado sobre o fim do imposto sindical, Temer desconversou. "Não entrei nessa história, quando remetemos o projeto de reforma, não tocamos no assunto. Isso foi acordado entre patrões e empregados. Não cogitamos imposto sindical, mas lá no Congresso pediram a eliminação, que será debatida."

Para o presidente, "o povo quer política de resultados". "Se o teto dos gastos der certo com a reforma da Previdência, e o emprego voltar, isso é resultado", avaliou. Para ele, "o emprego volta quando completarmos as reformas da Previdência e trabalhista". "Quero ser conhecido como o presidente que melhorou as condições econômicas, que fez as grandes reformas, que permitiu que os próximos governos não encontrem o País como encontramos", concluiu. 

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Eleições de 2018

Temer voltou a descartar que é candidato a algum cargo público em 2018, ano de eleições presidenciais. "Não sou candidato em 2018. Sou candidato a completar um bom governo", disse.

Ele também destacou que não ser a favor "dessa quantidade" de partidos políticos. "Os partidos se converteram em siglas. Não acho útil para o País, em termos de governabilidade. Mas acho que virá alguma reforma política, que eliminara alguns partidos, mas sem traumas", disse.

Com relação à Operação Lava Jato, da Polícia Federal, Temer afirmou que sua preocupação é "zero". "As instituições estão funcionando tão fortemente. Eu sempre digo: vamos deixar a Lava Jato trabalhar em paz, vamos deixar o Ministério Público cumprir seu papel, o Judiciário cumprir seu papel e vamos continuar trabalhando. Se você parar o País, prejudica o cidadão".

Cartão Reforma

Temer afirmou que a liberação dos recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para saques pela população "foi para atender as famílias mais pobres". "Devolvi um dinheiro que era do povo para o povo", disse em entrevista ao "Programa do Ratinho", do SBT, veiculada na noite de hoje.

Temer também destacou que o Cartão Reforma, voltado a reparos em moradias, deve ser aprovado "muito brevemente". O cartão prevê recursos de R$ 5 mil para famílias com renda de até R$ 2.800,00 que queiram executar obras em seus imóveis. Segundo o presidente, quem tomar esse dinheiro "não vai ficar devendo para o banco".

O presidente também aproveitou para defender a "responsabilidade fiscal" de seu governo, citando a aprovação do PEC do Teto dos gastos públicos, a qual foi feita "para não quebrar o país precisamos fazer o teto de gastos públicos". 

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