Na CMO, Kátia Abreu questiona Dyogo se governo do PT 'destruiu mesmo' o Brasil
A provocação gerou uma saia justa na comissão, com sorrisos constrangidos dos demais parlamentares. Ao fim da rodada de perguntas, o ministro devolveu a alfinetada a Kátia Abreu. "A senadora sempre faz essa pergunta, fico satisfeito que a senhora dessa vez ficou para ouvir a resposta", rebateu Oliveira.
"Digo sempre que sou servidor público de carreira, tenho participado dos governos desde o governo Fernando Henrique Cardoso. Então, tomo suas palavras como reconhecimento a meu trabalho, faço isso com muita honradez. Espero estar nos próximos governos, porque não tenho opção, sou servidor público", respondeu o ministro.
Ao perceber que Dyogo começava a abordar outros assuntos questionados pelos parlamentares, a senadora pediu a palavra novamente "pela ordem" e reclamou que o ministro não respondera sua principal pergunta, se o PT havia "destruído" o Brasil. Em tom mais grave, Dyogo disse que "não há como negar" a deterioração das contas públicas.
"Os números falam por si, nos últimos cinco anos houve deterioração considerável do País, não há como negar. Essa deterioração fiscal foi acompanhada por aumento das despesas com juros", ressaltou o ministro. "A saúde fiscal do País é fundamental e não defendemos nada diferente disso", acrescentou.
Kátia Abreu também havia provocado o ministro dizendo que a alta de 1% do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre deste ano ante os últimos três meses de 2016 ainda é fruto do Plano Safra 2016/2017, realizado pelo governo Dilma. A peemedebista também reclamou que os juros reais do plano 2017/2018 são maiores do que no passado.
O ministro reconheceu o crescimento do juro real do Plano Safra, mas destacou a queda das taxas nominais cobradas dos produtores e também a ampliação do volume de recursos disponíveis. "Temos que observar que juro já é subsidiado, e ampliação (do subsídio, com queda do juro real) seria retirar recursos de outras áreas", disse.
Dyogo destacou ainda que a convicção do governo é de que as ações em áreas como saúde e educação são importantes, mas vêm depois da capacidade da União em gerar receitas para honrar tais obrigações. "No caso da educação, não se trata apenas de recursos. A qualidade da educação não tem acompanhado, é preciso olhar qualidade do ensino, e é isso que o governo tem feito com a reforma do ensino médio", afirmou.
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