Em resposta a Dodge, PGR diz não haver redução de valores destinados à Lava Jato em Curitiba
Depois de receber uma extensa lista de questionamentos da nova procuradora-geral da República, Raquel Dodge, a Procuradoria-Geral da República (PGR) divulgou na noite desta terça-feira, 18, uma nota em que diz não ter havido "qualquer redução" nos valores destinados à atuação da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba.
Em ofício encaminhado na semana passada ao atual procurador-geral da República, Rodrigo Janot, Raquel fez uma lista de 40 perguntas sobre a proposta orçamentária para 2018, que será tema de uma reunião do Conselho Superior do Ministério Público Federal marcada para a próxima terça-feira, 25.
Segundo a sucessora de Janot, a força-tarefa da Lava Jato em Curitiba solicitou R$ 1,65 milhão, mas na proposta orçamentária, foi disponibilizado somente R$ 522,655 mil. "Qual a razão dessa redução para a FT Lava-jato? Qual o valor programado para a Força Tarefa em 2017?", questionou a futura procuradora-geral da República.
Raquel também pediu esclarecimentos sobre despesas primárias e financeiras do Ministério Público Federal (MPF), o valor desembolsado com auxílio-moradia e o impacto orçamentário com diárias e passagens. A sucessora de Janot pediu que as respostas lhe fossem enviadas até esta quarta-feira, 19.
Em nota de esclarecimento, a PGR alegou não haver redução nos valores destinados à força-tarefa da Lava Jato em Curitiba. "O critério estabelecido para alocação do novo referencial, tratando-se de valores estimativos, leva em conta o valor da proposta de 2017, acrescido de 4,19%", diz a nota.
Segundo a PGR, o valor previsto para o ano que vem poderá ser incrementado com "alocação de recursos extraordinários, remanejados do próprio MPF, a depender da necessidade apresentada pela Força-Tarefa".
"No exercício atual, por exemplo, a Administração do MPF já reforçou os valores da Lava Jato em Curitiba, a partir dos recursos da reserva técnica, em aproximadamente R$ 500 mil", informa a nota. De acordo com a PGR, a atual administração considera a Lava Jato "prioridade", disponibilizando os recursos necessários aos grupos que atuam nas investigações em Curitiba, Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília.
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