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Correção: Doria critica legado petista e reitera que não é candidato

Caio Rinaldi

São Paulo

24/08/2017 18h02

A nota enviada anteriormente contém um incorreção. Doria disse que "onde há miséria e pobreza é onde há espaço para crescer o populismo e o assistencialismo, onde há pobreza". Segue o texto corrigido:

A gestão do PT na Presidência da República foi duramente criticada pelo prefeito de São Paulo, João Doria, durante discurso em almoço realizado pela Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha, nesta quinta-feira, 24. "Muitos aqui ouviram o que prometeu, durante 13 anos, o governo que tivemos: prosperidade, crescimento. Deu no que deu. Quatro anos de recessão, a pior taxa de desemprego da nossa história, 14 milhões de desempregados e 7 milhões de subempregados", disse o tucano. Ele afirmou que a gestão petista promoveu "o maior assalto ao dinheiro público de que se tem notícia no mundo".

O prefeito alertou que, neste momento, é preciso ter cuidado para não dar ressonância a discursos populistas, "de direita e de esquerda". "Onde há miséria e pobreza é onde há espaço para crescer o populismo e o assistencialismo, onde há pobreza", afirmou Doria.

Apesar do discurso, o prefeito negou mais uma vez que seja candidato à Presidência da República. "Não falo como candidato, não sou e nem me apresento como candidato, sou prefeito de São Paulo", frisou. E emendou: "Estamos completando oito meses de gestão em um mandato de quatro anos."

Decisão coletiva

Uma eventual candidatura não está sendo contemplada no momento, esclareceu Doria, quando questionado pela reportagem sobre essa possibilidade, caso haja uma decisão coletiva pelo partido, e seus aliados, neste sentido. "Prefiro não fazer prognósticos deste tipo", afirmou.

Ontem, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, havia manifestado o desejo de ser candidato à Presidência pelo PSDB no ano que vem, mas também ponderou que "candidatura a cargo majoritário não é uma decisão individual, e sim coletiva".

Doria se disse aberto ao diálogo e convívio com as forças políticas, "primeiro com o PSDB e depois com os partidos que compõem a base". O prefeito frisou que, até o fim do ano ou início do ano que vem, o PSDB deverá definir como será escolhido o candidato da sigla ao Palácio do Planalto, seja por decisão coletiva ou prévias no partido.