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PM é morto a tiros por policial civil na casa da ex-mulher no interior de SP

José Maria Tomazela

Sorocaba

29/09/2017 21h09

O cabo da Polícia Militar Juliano Aparecido de Oliveira Macedo, de 38 anos, foi morto a tiros na madrugada desta sexta-feira, 29, na casa da ex-mulher, em Valparaíso, no interior de São Paulo. O suspeito de ter praticado o crime é um policial civil, atual namorado da ex-mulher da vítima, que também é escrivã da Polícia Civil. O cabo tinha ido até a casa da ex-mulher, com quem tem um filho, por volta de 1h30, quando teria acontecido um desentendimento com o policial civil. O PM não teria se conformado com a presença do investigador no local.

Segundo a versão da mulher, o PM teria discutido com o policial civil, levando o casal a se refugiar no banheiro. Macedo arrombou a porta e o investigador teria feito sete disparos. Os tiros atingiram o militar na cabeça e em outras partes do corpo. Levado inicialmente ao pronto-socorro de Valparaíso, o militar foi transferido para a Santa Casa de Araçatuba, mas não resistiu à gravidade dos ferimentos. O autor dos disparos fugiu após o crime levando a arma.

De acordo com a Polícia Militar, Macedo estava na corporação desde 1998 e há quatro anos era lotado no 5º Batalhão da PM em General Salgado, cidade da região. Ele havia se separado da mulher, mas mantinha um bom relacionamento com ela, segundo a família. O Comando de Policiamento do Interior (CPI-10) em Araçatuba divulgou nota lamentando a morte do militar.

O PM deixou pais, irmãos e um filho de 11 anos. O corpo passou por exames necroscópicos no Instituto Médico Legal (IML) e estava sendo velado na Capela Municipal de Valparaíso, onde seria sepultado.

Já o policial civil trabalha na Delegacia de Valparaíso, onde também está lotada sua namorada. A Secretaria de Segurança Pública (SSP) do Estado de São Paulo informou que, além do inquérito criminal já aberto, o caso será investigado pela Corregedoria Auxiliar, que abrirá procedimento administrativo para apurar a conduta do policial.

O local do crime foi periciado e a arma do militar foi encaminhada para perícia no Instituto de Criminalística.