Justiça decreta mais sete mandados de prisão no Rio
Constança Rezende
Rio, 30 (AE)
30/09/2017 15h51
Os jovens teriam sido agredidos na quinta-feira (28), segundo testemunhas, porque um deles usava um boné que dizia "Jesus Cristo é o dono do lugar". Este seria um lema do traficante Rogério Avelino, o Rogério 157, atual "dono" do morro. O ataque ao adolescente teria sido feito por comparsas de Antonio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, que disputa o controle de venda de drogas na Rocinha com 157 e que invadiu a favela no dia 17.
Os jovens foram espancados, amarrados, quase queimados vivos e salvos por homens da Marinha. O pai de um dos torturados, que agrediu por vingança o suspeito Carlos Alexandre da Silva, também foi preso. Fabrício Manhães, que é guardião de piscina e mora no morro, argumentou que teria vingado o filho.
Ele negou que o filho tivesse qualquer envolvimento com o tráfico. "Ele é trabalhador, não tinha vínculo com nada, com Nem, com Rogério. Fui atrás do meu prejuízo. Amarraram meu filho para matar, meu filho não é bandido. Derramaram o sangue da minha família. Pode ser até o papa, mas eu vou atrás", disse, enquanto era levado à delegacia da Rocinha. Ele foi autuado por tentativa de homicídio.
Com a saída das Forças Armadas, apenas a Polícia Militar reforça a segurança na região.