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Ano-Novo no Rio foi festa de paulista, mostra pesquisa da FGV

01.jan.2018 - Queima de fogos durante o Réveillon na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro - Marcelo Fonseca/Folhapress
01.jan.2018 - Queima de fogos durante o Réveillon na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro Imagem: Marcelo Fonseca/Folhapress

Roberta Jansen

Do Rio

03/01/2018 14h56

O Réveillon do Rio foi uma verdadeira festa de paulistas. Foi isso o que mostrou uma pesquisa inédita encomendada pelo Ministério da Cultura à fgv (Fundação Getúlio Vargas) sobre o perfil dos turistas que passaram o fim de ano no Rio de Janeiro, divulgada na manhã desta quarta-feira (3).

Dos 707 mil turistas que passaram a virada do ano no Rio, 614 mil eram brasileiros e 93 mil, estrangeiros. Os brasileiros eram majoritariamente de São Paulo (41,4%), seguido de Minas Gerais (16,3%). Entre eles, 136 mil, ou cerca de 22%, foram ao Rio em excursões. Do exterior, a maioria era da Argentina (33,1%), seguida da Europa (21,4%).

Atraídos pelo tradicional evento carioca, os brasileiros ficaram em média cinco dias no Rio de Janeiro e gastaram cerca de R$ 287,45 por dia. Os estrangeiros passaram um dia a mais na capital carioca e gastaram, em média, R$ 329 por dia. Os meios de hospedagem atingiram 98% de ocupação.

Primeiro evento do calendário Rio de Janeiro, o Réveillon movimentou R$ 1,94 bilhão na economia carioca, percentual 19,2% maior que no ano anterior. Somente o setor de turismo gerou R$ 1,82 bilhão na economia carioca. O resultado mostra o impacto econômico das atividades culturais em um dos maiores eventos internacionais realizados no Brasil.

De acordo com a pesquisa, foram gerados 49 mil postos de trabalho, um acréscimo de 9,3% em relação ao Réveillon anterior, além de aumento de arrecadação tributária de 9,2% com R$ 115 milhões em impostos.

Os dados foram apresentados em coletiva de imprensa, na manhã desta quarta no Rio de Janeiro. Participaram da coletiva o ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão e representantes da FGV, da Riotur (Empresa de Turismo do Município do Rio de Janeiro), do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) e da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Estado do Rio de Janeiro.

Para o ministro, os resultados são expressivos e confirmam a vocação do Rio para a economia criativa e o turismo. "Estamos no caminho certo. Realmente essa aposta numa das vocações econômicas do Rio, que é a realização de eventos de economia criativa, cultura, esporte, turismo e negócios, é uma das maneiras de colocar o Rio de volta no trilho do desenvolvimento econômico", disse Sá Leitão.