Temer anuncia R$ 1 bilhão para Educação e volta a exaltar ministros
Carla Araújo
Brasília
28/02/2018 17h26
"O presidente da República só tem sucesso se tiver ministros que com ele colaborem", afirmou. Prestes a trocar diversos ministros por conta da descompatibilização necessária para as eleições, o presidente disse ontem, em evento com o ministro da Saúde, Ricardo Barros, que tinha acertado na mosca na escolha dos ministros e que seu "acerto maior foi na escolha do Ricardo (Barros)".
O presidente repetiu também a estratégia de exaltar ações de algumas pastas, como Agricultura, Meio Ambiente e Cidades e também destacou que "na economia nós acertamos nas nossas escolhas".
Substituição
O ministro da Educação, Mendonça Filho, é um dos que vão deixar o governo até abril para concorrer às eleições neste ano. Na terça-feira, 27, ele e o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha - que vai coordenar as trocas da reforma ministerial -, tiveram a primeira conversa para tratar da sucessão de Mendonça. Uma das possíveis opções para a vaga é a secretaria-executiva do MEC, Maria Helena Guimarães de Castro.
Padilha confirmou ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, que o presidente vai vincular as trocas de ministros ao projeto eleitoral do Planalto e do MDB, seu partido. "Os ministros que vão entrar só entrarão se afinados e com compromisso com a candidatura que venha a defender o legado do presidente Temer", disse Padilha, confirmando que essa era uma solicitação e uma "pretensão" do presidente.
De acordo com Padilha, Temer quer um ministério que tenha "um nível igual ao atual e se possível superior". "A ideia do presidente é de que os partidos se sensibilizem e tragam nomes de pessoas que tenham reconhecimento nacional, expertise com o setor determinado e que assumam e sustentem o compromisso de apoiar a candidatura (do governo)", declarou.
Padilha rechaçou a possibilidade de o governo ter dificuldades em arrumar substitutos para compor a Esplanada e disse que a ideia é que os partidos busquem esses nomes. O ministro reiterou que não há um compromisso por parte do governo para que as legendas continuem comandando as atuais pastas. "Não necessariamente", disse Padilha.
Formação. Na cerimônia, Temer e Mendonça anunciaram R$ 1 bilhão para investimento em 190 mil novas vagas com a nova Política Nacional de Formação de Professores da Educação Básica. Temer destacou que "é sempre uma satisfação anunciar recursos para educação". "A formação de crianças e jovens é um grande alicerce para uma economia próspera, para uma democracia vibrante e para uma cidadania plena."
No evento, o governo lançou ainda três editais voltados para a valorização de docentes, no âmbito do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid), do Programa de Residência Pedagógica e do Sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB).