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Temer chega ao Planalto para reunião sobre paralisação de caminhoneiros

Mateus Bonomi/Estadão Conteúdo
Imagem: Mateus Bonomi/Estadão Conteúdo

Julia Lindner

27/05/2018 10h51

O presidente Michel Temer participa da reunião no Palácio do Planalto para avaliar a situação da paralisação de caminhoneiros em todo o País, que chega hoje ao sétimo dia. No encontro, devem ser apresentadas ao presidente as novas reivindicações dos manifestantes. A categoria pede agora a ampliação do prazo de 30 para 60 dias do congelamento do desconto de 10% no preço do diesel.

A reunião teve início ainda sem a presença de Temer, que chegou cerca de uma hora depois. Entre os participantes da reunião no Planalto está o general Santos Cruz, Secretário Nacional de Segurança Pública. Antes de entrar, ele disse à imprensa que "não existe o mínimo risco" das Forças Armadas cometerem algum tipo de erro ao requisitar veículos particulares, medida que foi autorizada ontem por meio de decreto. "Nosso pessoal é muito bem preparado. Não existe o mínimo risco de cometer qualquer erro, de cometer qualquer coisa fora da lei, qualquer coisa que seja condenável do ponto de vista não só legal, da própria educação."

O general ressaltou que a Força Nacional é um contingente pequeno e que está distribuído pelo País. "Não é um contingente que possa influir decisivamente em qualquer ação."

Questionado se uma possível greve dos petroleiros poderia representar um efeito cascata de paralisações no País, o general disse que "é preciso tomar cuidado com a exploração do movimento por interesses partidários".

Santos Cruz afirmou que a base da paralisação dos caminhoneiros "são interesses naturais de categorias que estão pressionadas por suas necessidades". "Enquanto você não desatar o nó da questão, o problema se arrasta e o trabalho na punição, vamos dizer assim, ou de Forças Armadas na escolta de comboios é feito de maneira normal para manter abastecimento sem nenhum conflito, sem nenhum choque, sem nada. Não existem dois lados nisso. Isso é simplesmente um problema que o Brasil está vivendo e vai ter que resolver."

Durante a noite de ontem, entre balanço das 19h e das 22h divulgado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), aumentou o número de pontos de manifestação identificados em rodovias federais de 1.163 para 1179. Desse total, 625 pontos foram desbloqueados entre o início das manifestações até as 22h de ontem. O número de pontos bloqueados de acordo com o último balanço é de 554.